quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Divulgação

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Depois do sucesso na temporada no Rio de Janeiro, Debora Bloch, que completa 27 anos de carreira, apresenta nos dias 25 e 26 de agosto, no Teatro do Centro Cultural Usiminas, em Ipatinga, seu primeiro monólogo: “Brincando em Cima Daquilo”, do casal de autores italianos Dario Fo e Franca Rame. “Fui convidada pelo Otávio Muller quando fazíamos par na minissérie JK. O que me atraiu no projeto foi a qualidade do texto, as personagens e o que está sendo contado. Encontrei neste texto um retrato comovente da condição feminina, independente de classe social, do país, da época. Um sentimento que é universal, muito bem descrito com tanta delicadeza, ternura e humor”, conta a atriz. Otavio Muller comemora 20 anos de carreira de ator e assina, pela primeira vez, a direção de um espetáculo. “Sou um ator que está diretor. O que me chamou a atenção neste trabalho foi a possibilidade de abordar um assunto atual. O texto fala sobre fantasias, sonhos e paixões do universo feminino, sempre com bastante humor e emoção, da boca pra fora, sem psicologias e psicologismos”, afirma Otávio, que foi convidado para estrear na função de diretor teatral pelo produtor Eduardo Barata. “Assisti várias vezes a montagem feita pela Marília Pêra, na década de 80. Na época, fiquei impressionado com a atuação da atriz. Comprei os direitos autorais de 3 espetáculos que a Marília encenou. O ‘Brincando...’ é um deles”, diz Barata, que divide a produção com Debora Bloch.

“Brincando em Cima Daquilo” revela um mosaico da mulher contemporânea. “Todas as personagens são mulheres comuns que, como todas as outras, têm desejos, sonhos, desilusões, encontros e desencontros. São mães, esposas, amantes...O espetáculo é formado por três histórias. ‘Uma Mulher Sozinha’, que é sobre uma mulher que é trancada em casa pelo marido, ‘Volta ao Lar’ que fala sobre uma mulher que resolve se vingar do marido e acaba no motel com o colega de escritório e ‘Temos todas as mesma estória’ que foi dividida em três partes”, explica Debora que, sozinha em cena, dança funk, samba e canta músicas românticas. Debora e Otávio, que assistiram à montagem encenada por Marília Pêra nos anos 80, afirmam que na época o espetáculo foi marcante, mas que a nova montagem não guarda nenhuma referência da anterior. “Assisti e adorei, mas acho que sem querer, acabamos fazendo montagens diferentes”, diz Debora que faz dança, yoga, e aulas de voz. “Fazer um monólogo requer muita concentração, calma, preparo físico do corpo e da voz”, revela a atriz que contou com Dani Lima, na orientação corporal.

O projeto reúne na ficha técnica dois diretores em funções diferentes da de encenadores: Amir Haddad, na dramaturgia e Bia Lessa, como cenógrafa. ”Sempre admirei o Amir, inclusive, já trabalhamos juntos como atores e ele teve uma generosidade imensa neste trabalho. Em relação a Bia, estudei na CAL e considero que fiz pós-graduação e mestrado com ela, pois foram mais de 10 anos trabalhando juntos”, diz Otavio. Nas palavras de Debora trabalhar com Amir e Bia é “de um auxílio luxuosíssimo”. “Amir é meu mestre, sempre aprendo muito com ele. A Bia estou descobrindo agora de perto e estou encantada. O mais comovente e estimulante é a paixão, a fé no teatro que os dois têm, cada um à sua maneira. Me faz lembrar porque quis fazer teatro”, afirma Debora que está escalada para "À Deriva", próximo filme de Heitor Dhalia, diretor de O Cheiro do Ralo.

Na dramaturgia, Amir Haddad fez um trabalho de compreensão do texto e dos autores do espetáculo. “Dario Fo e Franca Rame fazem uso da improvisação e estabelecem um contato direto com o público, características essenciais ao Teatro que recupera a vida, sem ser sagrado. Brincando em cima Daquilo é eterno e tem uma dramaturgia em movimento que atinge todas as classes sociais. Esse texto é aberto para o mundo”, analisa Haddad, que durante o trabalho de carpintaria do texto intercalou cenas de peças curtas diferentes. Amir ainda ressalta que é justamente a presença do olhar feminino que aproxima o público masculino de “Brincando em cima Daquilo”. “Acredito, que toda a mulher adoraria que o homem assistisse a essa peça, pois ele abre uma reflexão em torno do relacionamento homem e mulher de uma forma muito espontânea. Há muitas coisas que as mulheres gostariam de dizer aos homens, mas que não sabem como”, lembra.

O cenário de “Brincando em Cima Daquilo” é composto por cinco caixas de som espalhadas pelo palco, além de cordas divisórias que marcam o espaço de atuação. “É quase um não cenário. A idéia é que o palco fique nu. As caixas de som existem, pois a música neste espetáculo tem um papel importante. Momentaneamente usamos pequenos recursos teatrais para poder brincar com a possibilidade cênica que o teatro oferece”, resume Bia Lessa. Para a diretora que está cenógrafa, o que mais chamou a atenção no espetáculo foi o que ele permite teatralmente. “A emoção de quando assisti o ensaio do Brincando com a Débora é a mesma de quando a vi no palco pela primeira vez. Tenho a sensação de que para este projeto ela reúne a força e a espontaneidade da juventude com a experiência cênica trazida pelo tempo. É um mistura do que ela era e vai ser daqui pra frente. Este é um espetáculo cru, sem subterfúgios ou truques, que proporciona o encontro direto da Débora com o Teatro. Muito despretensiosamente, ela está iluminada”, afirma.

A trilha sonora de Dany Roland complementa o que é dito em cena. “Pesquisei músicas atuais que falassem sobre cotidiano, amor, Rio de Janeiro, samba, subúrbio. Usei o nome do espetáculo como conceito para a criação desta trilha. Posso dizer que ela não é discreta, incidental, que faz a cama para as personagens deitarem. É diferente de tudo que já tinha feito”, revela Roland. O repertório do espetáculo foi escolhido junto com Otavio e Debora. “Tem Roberto Carlos com ‘Emoções’; Zeca Pagodinho cantando ‘Benjamim’ e ao lado de Erasmo Carlos interpretando ‘Cama e Mesa’; Seu Argemiro com músicas como ‘Saia da casa dos Outros’ e ‘Meu Sofrimento’, além vários funks remixados com o som das Tchutchucas e MC Catra”, detalha.

Cláudia Kopke também seguiu o mesmo conceito de brincar em todos os sentidos para a elaboração do figurino. “A base do figurino é uma roupa de ensaio composta por um macacão e um vestidinho de malha por cima. É como se todo aquele universo estivesse sendo criado no momento do espetáculo. Ao mesmo tempo em que o espectador observa o figurino de uma determinada cena, ele se depara com a joelheira usada pela Débora em praticamente todo o espetáculo”, diz a figurinista, que ainda afirma que os elementos do figurino serão agregados durante o espetáculo. “Nada está escondido em cena e as mudanças de roupa serão muito sutis, quase invisíveis aos olhos do público. A capa preta vestida por Débora numa cena posterior serve de cobertor para a cena anterior. Na cena da capa, por sua vez, ela já está com a sandália alta e dourada, usada com o vestido de carnaval numa cena seguinte”.

Serviço
Brincando em cima Daquilo
Teatro Usiminas
Tel.: (31) 3822-3031
Data: 25 e 26 de agosto
Dias e Horários: Sábado e domingo às 20h30min
Ingressos: R$ 50 (inteira) R$ 25,00 (meia entrada)

Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 16 anos.


Ficha Técnica
TEXTO:
Dario Fo e Franca Rame
DIREÇÃO: Otávio Muller
DRAMATURGIA: Amir Haddad
ELENCO: Débora Bloch
CENÁRIO: Bia Lessa
FIGURINO: Claudia Kopke
ILUMINAÇÃO: Samuel Betts
TRILHA SONORA: Dany Roland
PROGRAMAÇÃO VISUAL: Fábio e Bleque (Cubículo)
ORIENTAÇÃO CORPORAL: Dani Lima
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Carla Nascimento
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO: Barata Comunicação
FOTOS DE DIVULGAÇÃO: Lenise Pinheiro
PRODUTORES ASSOCIADOS: DEBORA BLOCH e EDUARDO BARATA

Comentários do dia

Amigos leitores,

Na edição de hoje destaque para Deborah Block em "Brincando em Cima Daquilo", de Dario Fo e Franca Rame, em cartaz no Centro Cultural Usiminas, sábado e domingo (25 e 26). Metéria acima.

Destaque também para o programa Teia2007 do Ministério da Cultura em parceria com o Sebrae que será lançado dia 28 no Palácio das Artes, em Belo Hozorizonte/MG. A iniciativa do próprio Sebrae, realizada na cidade de Cataguases (vide matéria: "Cataguases liderará um programa piloto voltado para a economia da cultura na região") ilustra o momento cultural vivido por aquela região, que muito se assemelha com o nosso.

A visita do ministro Gilberto Gil à BOVESPA e o 5º vídeo da Hibridus Cia. de Dança finalizam a edição de hoje.

A todos uma boa leitura.

Cataguases liderará um programa piloto voltado para a economia da cultura na região


O Sebrae MG escolheu Cataguases, Mirai e Leopoldina para ser a primeira região do interior mineiro a elaborar um plano de ação de um programa piloto voltado para a economia da cultura. A assinatura do convênio aconteceu no último dia 3 e trouxe à cidade o diretor de comercialização e articulação do Sebrae, Matheus Cotta da Carvalho. Na véspera, uma missão de técnicos da entidade visitou, além dos principais centros culturais de Cataguases e Mirai, o grupo esteve no Festival de Viola e Gastronomia de Piacatuba.

Na presença de diversas lideranças da região, o Termo de Cooperação, nesse momento foi assinado pelo Sebrae- Minas, Cia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, Instituto Francisca de Souza Peixoto e Instituto Cidade de Cataguases. Com a proposta de integração de outras instituições, públicas e privadas, empresarias e governamentais, o evento já contou com a adesão imediata da Fundação Simão José Silva e do Circuito Turístico Serra e Cachoeiras.

A escolha de Cataguases não foi por acaso. O município está transformando-se em um centro de referência, em especial, no setor do audiovisual e ganha destaque, inclusive em âmbito internacional, na produção de grandes eventos culturais, como é o caso do Cineport – Festival Internacional de Cinema da Língua Portuguesa, promovido pela Fundação Ormeo Junqueira Botelho. Na cidade, ainda, dentre outras iniciativas em curso, tem destaque o Instituto Francisca de Souza Peixoto, com forte atuação em diversos projetos sociais e culturais, e o Instituto Cidade de Cataguases, com o Fábrica do Futuro – Incubadora Cultural do Audiovisual e Novas Tecnologias. Para completar o grupo, a cidade de Mirai se prepara para inaugurar o Centro Cultural Ataulfo Alves e em Leopoldina, o destaque é para o Festival de Piacatuba.

Para César Piva, gestor cultural da Fábrica do Futuro, já existe nessas três cidades, um grande potencial para acolher um pólo de economia da cultura com toda sua cadeia de produtiva, contemplando, a pesquisa, experimentação, criação, produção, circulação, difusão, distribuição, formação de público e acessibilidade. Diz ele: “a diversidade cultural da região é nosso principal patrimônio, temos que fazer dele um ativo de desenvolvimento local, gerador e distribuidor de riqueza, trabalho, renda e novas oportunidades, sobretudo, com perspectivas reais para nossa juventude”.

Neste contexto, estudos encomendados por diversas instituições revelam que para cada milhão de reais gastos na área de cultura, no Brasil, são gerados 160 postos de trabalho diretos e indiretos. Isso comprava uma dimensão que, habitualmente, se desconhece, isto é, a face de impacto social e econômico da cultura. Um exemplo apontado por esses estudos indica que apenas os gastos com o patrimônio histórico-cultural, no final da década passada somarão cerca de R$ 400 milhões com geração de 12.800 novos postos de trabalho. Isso demonstra a enorme importância da cultura para o ingresso em uma nova fase do desenvolvimento no Brasil.


Termo de referência incentiva micro e pequenas empresas do setor cultural

O projeto irá orientar as ações do Sebrae em todos os estados do Brasil



O ministro da cultura, Gilberto Gil estará em Belo Horizonte no dia 28 de agosto para lançamento do Teia 2007. O projeto é um encontro da diversidade cultural e reunirá pontos de cultura participantes do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania. Durante o evento será também lançado o Termo de Referência para atuação do sistema Sebrae na cultura e entretenimento.


Elaborado pelo Sebrae Nacional, o Termo de Referência irá favorecer todos os segmentos da cultura, como a música, o audiovisual, as artes cênicas e visuais, a telecomunicação e radiofusão, o editorial e as manifestações culturais. O documento norteará projetos e ações realizados em todo o país e pretende estimular negócios de micro e pequenas empresas que atuam no setor cultural.


O projeto pretende apoiar e fortalecer o desenvolvimento de negócios na área, estimular a competitividade dos produtos e serviços culturais e promover a melhoria da infra-estrutura de produção e circulação. "Queremos, ainda, contribuir com a sistematização e o fornecimento de informações, importantes para o setor de cultura em Minas Gerais", explica a técnica do Sebrae Minas, Regina Faria.


A inciativa do Sebrae foi motivada pelo crescimento do empreendedorismo cultural. O setor é responsável por aproximadamente 4% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o Cadastro Central e Empresas do IBGE, em 2003, no Brasil eram mais de 269 mil empresas de produção cultural que geraram a ocupação de cerca de 1.431 pessoas, das quais 1007 eram assalariadas. "É um setor que ainda está em desenvolvimento e merece uma atenção especial", enfatiza Regina.


Em Minas, a expectativa é que as ações previstas no documento devam começar no início do ano que vem. Micro e pequenas empresas (MPE’s) de Belo Horizonte e Uberaba poderão ser beneficiadas. A região de Cataguases, na Zona da Mata do Estado, também deverá ser contemplada com as ações do Sebrae Minas. Na cidade, o Sebrae Minas já vem atuando - em parceria com instituições ligadas ao setor cultural em um projeto de desenvolvimento e capacitação das MPE’s . "Cataguases é peculiar no que diz respeito a sua expressão cultural. A cidade foi palco de importantes movimentos culturais. Hoje, a atividade é vista como uma das potencialidades econômicas, que conta com vários espaços em funcionamento", justifica.


Teia
No mesmo evento o ministro Gilberto Gil lançará o projeto Teia - o maior encontro da diversidade cultural do Brasil, que neste ano, irá reunir em Belo Horizonte, os 650 pontos de cultura participantes do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania. De 7 a 11 de novembro, o encontro ocupará vários espaços culturais da cidade. Na Serraria Souza Pinto será realizada a Feira de Economia Solidária. O Sebrae Minas irá promover no local uma rodada de negócios e palestras sobre empreendedorismo cultural.


Serviço
Lançamento da Teia e do Termo de Referência para atuação do Sebrae na cultura e entretenimento

Dia 28 de agosto
Palácio das Artes – Belo Horizonte/MG
Entrada somente para convidados.
www.teia2007.org.br

FONTE: Assessoria de imprensa do SEBRAE

ExpoMonumenta em Ouro Preto


Abertura da ExpoMonumenta, lançamento do Caderno Técnico n° 5 e assinatura do Termo Aditivo ao contrato do Programa Monumenta com a prefeitura


A cidade mineira de Ouro Preto recebe nesta quinta-feira, dia 23 de agosto, a mostra itinerante Programa Monumenta - ExpoMonumenta. A exposição reúne 48 painéis com resultados do programa do Ministério da Cultura.

A solenidade de abertura será na Casa dos Contos (Rua São José, nº 12), às 19h30, e contará com as presenças do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e coordenador nacional do Programa, Luiz Fernando de Almeida, do prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, e outras autoridades.

Na ocasião, também haverá a assinatura de um Termo Aditivo ao contrato do Programa Monumenta com a prefeitura local e o lançamento do Caderno Técnico n° 5: Análise de Risco de Incêndio em Sítios Históricos. O livro faz parte da coleção de Cadernos Técnicos do Monumenta, destinada àqueles que trabalham com manutenção e restauro de bens tombados.


ExpoMonumenta
A exposição apresenta os resultados do programa do Ministério da Cultura/Iphan, desenvolvido com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Monumenta destina US$ 125 milhões ao conjunto de projetos e ações nas suas áreas de intervenção.

A ExpoMonumenta foi inaugurada em Belo Horizonte no Encontro Mundial de Gerentes do BID, em maio de 2006. Já participou da 5ª Bienal de Arquitetura de Brasília, em novembro do ano passado, seguindo para Pelotas (RS), onde permaneceu até 16 de janeiro. De 15 de fevereiro a 11 de março a Mostra esteve em São Francisco do Sul (SC). De 11 a 29 de abril no Palácio do Planalto, na capital federal, de 4 a 20 de maio na Cidade de Goiás (GO) e, de 17 de julho a 12 de agosto em Congonhas (MG).




Ouro Preto
O Programa Monumenta, em parceria com o BID, a União e o município de Ouro Preto, está investindo R$ 11,4 milhões e com o aditivo ao contrato inicial deve subir para R$ 14,1 milhões, representando um acréscimo de 30%. Com este aumento estão sendo incluídas as seguintes ações na cidade: as restaurações da Ponte do Palácio Velho no Bairro de Antônio Dias; da Casa dos Inconfidentes; do Casarão Rocha Lagoa e do Solar Baeta Neves. Além do paisagismo da Casa do Folclore, da área ao lado da Ponte Seca, e da construção do Terminal de Integração Barão de Camargos.


Obras já concluídas
Casa da Baronesa – R$ 399.000,11
Casa de Gonzaga – R$ 425.949,56
Casa do Folclore - R$ 149.221,17
Ponto do Antônio Dias – R$ 80.167,16
Capela das Dores – R$ 458.085,94
Ponte do Rosário - R$ 101.272,35
Ponte Seca - R$ 140.499,50
Teatro Municipal Casa da Ópera – R$ 703.331,13


Obras em andamento
Recuperação e paisagismo do Horto Botânico e Vale dos Contos – R$ 3.482.821,92
Mobiliário Urbano – R$ 309.306,85
Teatro Municipal-Anexo – R$ 138.698,49
Paisagismo da Casa da Baronesa – R$ 96.055,06

Total Investido - R$ 6.484.409,24


Programa Monumenta
As 26 cidades que participam do Monumenta foram escolhidas de acordo com a sua representatividade histórica e artística e a urgência das obras de recuperação. O Programa tem apoiado a implantação e a modernização de museus nos sítios históricos, equipamentos que fortalecem a dinâmica das cidades e a estratégia de sustentabilidade dos projetos locais.


Caderno Técnico n° 5
A publicação será distribuída para secretarias de Cultura, bibliotecas, universidades e arquitetos. Essa edição trata de um método de avaliação de riscos de incêndios, desenvolvido pelo professor Antônio Maria Claret. Seu objetivo é o de incentivar técnicos que atuam na área de combate e prevenção de incêndios a usar esse método que, mais do que dimensionar os riscos, deixa claro as medidas de prevenção que refletem diversas situações.


Informações: (61) 3326-8014/8907; http://www.monumenta.gov.br/; http://www.iphan.gov.br/.


FONTE: Ministério da Cultura

O Dia em que a Cultura ganhou a Bovespa

Durante a semana mais atarantada dos últimos meses do mercado financeiro, em meio a quedas contínuas nas bolsas de todo o mundo, uma luz brilhou no auditório da maior bolsa de valores da América Latina, responsável por 70% do volume de negócios da região. Na mesa, reuniram-se, lado a lado, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, os presidentes da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, da Ancine, Manoel Rangel, do Canal Brasil, Paulo Mendonça, e outras estrelas do calibre do cineasta Luiz Carlos Barreto e do economista Paulo Rabello de Castro.

Chamar os discursos de entusiastas seria desmerecer a energia que jorrava de cada palestra proferida neste evento, intitulado “Convergência Tecnológica e as Indústrias Criativas: o grande negócio do século XXI”. Bandeira-mor da economia da cultura e da economia criativa, o audiovisual mereceu destaque nas menções e referências. Mas a principal mensagem, a de que a produção cultural brasileira apresenta oportunidades econômicas incomensuráveis para os investidores e para a economia do país, foi gravada em letras douradas na memória dos presentes.

O ministro Gil, primeiro ministro da Cultura a comparecer à Bovespa, ratificou sua intenção de tomar para a sua pasta as questões dos marcos legal e regulatório das telecomunicações, defendendo mais uma vez a ampliação da abrangência da Ancine para essa área. Atiçando o apetite dos investidores pelo setor audiovisual, o ministro lembrou que o mercado mundial de produtos e serviços dessa área gerou em 2005 impressionantes €345 bilhões (cerca de R$1 trilhão, ao câmbio da época). Se dito assim, já soa como um setor atraente para investimentos, vale lembrar que, no mesmo ano, o faturamento audiovisual foi 30% maior do que o de computadores, servidores e periféricos – um setor que, por si só, cresce anualmente a velocidades vertiginosas. Moral da história: o audiovisual apresenta hoje, no Brasil, um potencial imenso para sensibilizar investidores.

A julgar pelas palavras do economista Paulo Rabello de Castro, com a autoridade de quem também é presidente da primeira agência brasileira de classificação de riscos de crédito, trata-se de um manancial que, além de benefícios culturais e sociais, tem enorme sinergia com a atuação da Bovespa. De fato, os bens culturais têm muito a ganhar com a bolsa, a começar pela capacidade que esta tem de formular regras claras para o mercado, diversificando o risco e atraindo uma miríade de novos investidores para os fundos de empreendimentos culturais, como já é tão natural em outros setores da economia. A reação da platéia fez coro às palavras do economista, de que aquele 17 de agosto era “o primeiro dia de um grande caminho de outro grande mercado”.

Luiz Carlos Barreto, cineasta tantas vezes premiado e um dos articuladores do evento, demonstrou com essa iniciativa ter a mesma visão de futuro que dá tom a seus filmes. Para ele, assim como para um grupo crescente de economistas e investidores inovadores, “é preciso que, uma vez na vida, o capitalismo brasileiro se antecipe”. Expoentes desse capitalismo já têm dado mostra de estar além de seu tempo. É o caso de Kati de Almeida Braga, diretora do Grupo Icatu e sócia da gravadora Biscoito Fino e da Conspiração Filmes. Ou do Gávea Investimentos, empresa de gestão de recursos que, sob a batuta do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, aquinhoou participação nas operações brasileira, argentina e chilena da CIE, maior empresa de entretenimento da América do Sul e dona, dentre outros, do Credicard Hall.
Que outros investidores unam-se a esses, impulsionando nossa produção cultural e comprovando, mais uma vez, que a economia pode ser uma poderosa aliada da cultura brasileira.


FONTE: Cultura e Mercado
Por: Ana Carla Fonseca Reis*

* Administradora Pública pela FGV, Economista, Mestre em Administração de Empresas e Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela USP, Ana Carla é Fundadora da empresa “Garimpo de Soluções – economia, cultura e desenvolvimento” (www.garimpodesolucoes.com.br), Consultora em economia criativa para a ONU, Curadora da conferência britânica “Creative Clusters”, Diretora de Economia da Cultura do Instituto Pensarte, Coordenadora do curso "Gestão de Políticas e Produtos Culturais" da Faculdade São Luís e conferencista internacional. Co-autora de “Teorias de Gestão – de Taylor a nossos dias” e autora de “Marketing Cultural e Financiamento da Cultura” e “Economia da Cultura e Desenvolvimento Sustentável - o caleidoscópio da Cultura”.

Travessia

5º e penúltimo vídeo produzido pela Hibridus Cia de Dança, TRAVESSIA é resultado de uma pesquisa feita pelo grupo e foi concorrendo de Bolsa do FID - Festival Internacional de Dança.