
Depois do sucesso na temporada no Rio de Janeiro, Debora Bloch, que completa 27 anos de carreira, apresenta nos dias 25 e 26 de agosto, no Teatro do Centro Cultural Usiminas, em Ipatinga, seu primeiro monólogo: “Brincando em Cima Daquilo”, do casal de autores italianos Dario Fo e Franca Rame. “Fui convidada pelo Otávio Muller quando fazíamos par na minissérie JK. O que me atraiu no projeto foi a qualidade do texto, as personagens e o que está sendo contado. Encontrei neste texto um retrato comovente da condição feminina, independente de classe social, do país, da época. Um sentimento que é universal, muito bem descrito com tanta delicadeza, ternura e humor”, conta a atriz. Otavio Muller comemora 20 anos de carreira de ator e assina, pela primeira vez, a direção de um espetáculo. “Sou um ator que está diretor. O que me chamou a atenção neste trabalho foi a possibilidade de abordar um assunto atual. O texto fala sobre fantasias, sonhos e paixões do universo feminino, sempre com bastante humor e emoção, da boca pra fora, sem psicologias e psicologismos”, afirma Otávio, que foi convidado para estrear na função de diretor teatral pelo produtor Eduardo Barata. “Assisti várias vezes a montagem feita pela Marília Pêra, na década de 80. Na época, fiquei impressionado com a atuação da atriz. Comprei os direitos autorais de 3 espetáculos que a Marília encenou. O ‘Brincando...’ é um deles”, diz Barata, que divide a produção com Debora Bloch.
“Brincando em Cima Daquilo” revela um mosaico da mulher contemporânea. “Todas as personagens são mulheres comuns que, como todas as outras, têm desejos, sonhos, desilusões, encontros e desencontros. São mães, esposas, amantes...O espetáculo é formado por três histórias. ‘Uma Mulher Sozinha’, que é sobre uma mulher que é trancada em casa pelo marido, ‘Volta ao Lar’ que fala sobre uma mulher que resolve se vingar do marido e acaba no motel com o colega de escritório e ‘Temos todas as mesma estória’ que foi dividida em três partes”, explica Debora que, sozinha em cena, dança funk, samba e canta músicas românticas. Debora e Otávio, que assistiram à montagem encenada por Marília Pêra nos anos 80, afirmam que na época o espetáculo foi marcante, mas que a nova montagem não guarda nenhuma referência da anterior. “Assisti e adorei, mas acho que sem querer, acabamos fazendo montagens diferentes”, diz Debora que faz dança, yoga, e aulas de voz. “Fazer um monólogo requer muita concentração, calma, preparo físico do corpo e da voz”, revela a atriz que contou com Dani Lima, na orientação corporal.
O projeto reúne na ficha técnica dois diretores em funções diferentes da de encenadores: Amir Haddad, na dramaturgia e Bia Lessa, como cenógrafa. ”Sempre admirei o Amir, inclusive, já trabalhamos juntos como atores e ele teve uma generosidade imensa neste trabalho. Em relação a Bia, estudei na CAL e considero que fiz pós-graduação e mestrado com ela, pois foram mais de 10 anos trabalhando juntos”, diz Otavio. Nas palavras de Debora trabalhar com Amir e Bia é “de um auxílio luxuosíssimo”. “Amir é meu mestre, sempre aprendo muito com ele. A Bia estou descobrindo agora de perto e estou encantada. O mais comovente e estimulante é a paixão, a fé no teatro que os dois têm, cada um à sua maneira. Me faz lembrar porque quis fazer teatro”, afirma Debora que está escalada para "À Deriva", próximo filme de Heitor Dhalia, diretor de O Cheiro do Ralo.
Na dramaturgia, Amir Haddad fez um trabalho de compreensão do texto e dos autores do espetáculo. “Dario Fo e Franca Rame fazem uso da improvisação e estabelecem um contato direto com o público, características essenciais ao Teatro que recupera a vida, sem ser sagrado. Brincando em cima Daquilo é eterno e tem uma dramaturgia em movimento que atinge todas as classes sociais. Esse texto é aberto para o mundo”, analisa Haddad, que durante o trabalho de carpintaria do texto intercalou cenas de peças curtas diferentes. Amir ainda ressalta que é justamente a presença do olhar feminino que aproxima o público masculino de “Brincando em cima Daquilo”. “Acredito, que toda a mulher adoraria que o homem assistisse a essa peça, pois ele abre uma reflexão em torno do relacionamento homem e mulher de uma forma muito espontânea. Há muitas coisas que as mulheres gostariam de dizer aos homens, mas que não sabem como”, lembra.
O cenário de “Brincando em Cima Daquilo” é composto por cinco caixas de som espalhadas pelo palco, além de cordas divisórias que marcam o espaço de atuação. “É quase um não cenário. A idéia é que o palco fique nu. As caixas de som existem, pois a música neste espetáculo tem um papel importante. Momentaneamente usamos pequenos recursos teatrais para poder brincar com a possibilidade cênica que o teatro oferece”, resume Bia Lessa. Para a diretora que está cenógrafa, o que mais chamou a atenção no espetáculo foi o que ele permite teatralmente. “A emoção de quando assisti o ensaio do Brincando com a Débora é a mesma de quando a vi no palco pela primeira vez. Tenho a sensação de que para este projeto ela reúne a força e a espontaneidade da juventude com a experiência cênica trazida pelo tempo. É um mistura do que ela era e vai ser daqui pra frente. Este é um espetáculo cru, sem subterfúgios ou truques, que proporciona o encontro direto da Débora com o Teatro. Muito despretensiosamente, ela está iluminada”, afirma.
A trilha sonora de Dany Roland complementa o que é dito em cena. “Pesquisei músicas atuais que falassem sobre cotidiano, amor, Rio de Janeiro, samba, subúrbio. Usei o nome do espetáculo como conceito para a criação desta trilha. Posso dizer que ela não é discreta, incidental, que faz a cama para as personagens deitarem. É diferente de tudo que já tinha feito”, revela Roland. O repertório do espetáculo foi escolhido junto com Otavio e Debora. “Tem Roberto Carlos com ‘Emoções’; Zeca Pagodinho cantando ‘Benjamim’ e ao lado de Erasmo Carlos interpretando ‘Cama e Mesa’; Seu Argemiro com músicas como ‘Saia da casa dos Outros’ e ‘Meu Sofrimento’, além vários funks remixados com o som das Tchutchucas e MC Catra”, detalha.
Cláudia Kopke também seguiu o mesmo conceito de brincar em todos os sentidos para a elaboração do figurino. “A base do figurino é uma roupa de ensaio composta por um macacão e um vestidinho de malha por cima. É como se todo aquele universo estivesse sendo criado no momento do espetáculo. Ao mesmo tempo em que o espectador observa o figurino de uma determinada cena, ele se depara com a joelheira usada pela Débora em praticamente todo o espetáculo”, diz a figurinista, que ainda afirma que os elementos do figurino serão agregados durante o espetáculo. “Nada está escondido em cena e as mudanças de roupa serão muito sutis, quase invisíveis aos olhos do público. A capa preta vestida por Débora numa cena posterior serve de cobertor para a cena anterior. Na cena da capa, por sua vez, ela já está com a sandália alta e dourada, usada com o vestido de carnaval numa cena seguinte”.
“Brincando em Cima Daquilo” revela um mosaico da mulher contemporânea. “Todas as personagens são mulheres comuns que, como todas as outras, têm desejos, sonhos, desilusões, encontros e desencontros. São mães, esposas, amantes...O espetáculo é formado por três histórias. ‘Uma Mulher Sozinha’, que é sobre uma mulher que é trancada em casa pelo marido, ‘Volta ao Lar’ que fala sobre uma mulher que resolve se vingar do marido e acaba no motel com o colega de escritório e ‘Temos todas as mesma estória’ que foi dividida em três partes”, explica Debora que, sozinha em cena, dança funk, samba e canta músicas românticas. Debora e Otávio, que assistiram à montagem encenada por Marília Pêra nos anos 80, afirmam que na época o espetáculo foi marcante, mas que a nova montagem não guarda nenhuma referência da anterior. “Assisti e adorei, mas acho que sem querer, acabamos fazendo montagens diferentes”, diz Debora que faz dança, yoga, e aulas de voz. “Fazer um monólogo requer muita concentração, calma, preparo físico do corpo e da voz”, revela a atriz que contou com Dani Lima, na orientação corporal.
O projeto reúne na ficha técnica dois diretores em funções diferentes da de encenadores: Amir Haddad, na dramaturgia e Bia Lessa, como cenógrafa. ”Sempre admirei o Amir, inclusive, já trabalhamos juntos como atores e ele teve uma generosidade imensa neste trabalho. Em relação a Bia, estudei na CAL e considero que fiz pós-graduação e mestrado com ela, pois foram mais de 10 anos trabalhando juntos”, diz Otavio. Nas palavras de Debora trabalhar com Amir e Bia é “de um auxílio luxuosíssimo”. “Amir é meu mestre, sempre aprendo muito com ele. A Bia estou descobrindo agora de perto e estou encantada. O mais comovente e estimulante é a paixão, a fé no teatro que os dois têm, cada um à sua maneira. Me faz lembrar porque quis fazer teatro”, afirma Debora que está escalada para "À Deriva", próximo filme de Heitor Dhalia, diretor de O Cheiro do Ralo.
Na dramaturgia, Amir Haddad fez um trabalho de compreensão do texto e dos autores do espetáculo. “Dario Fo e Franca Rame fazem uso da improvisação e estabelecem um contato direto com o público, características essenciais ao Teatro que recupera a vida, sem ser sagrado. Brincando em cima Daquilo é eterno e tem uma dramaturgia em movimento que atinge todas as classes sociais. Esse texto é aberto para o mundo”, analisa Haddad, que durante o trabalho de carpintaria do texto intercalou cenas de peças curtas diferentes. Amir ainda ressalta que é justamente a presença do olhar feminino que aproxima o público masculino de “Brincando em cima Daquilo”. “Acredito, que toda a mulher adoraria que o homem assistisse a essa peça, pois ele abre uma reflexão em torno do relacionamento homem e mulher de uma forma muito espontânea. Há muitas coisas que as mulheres gostariam de dizer aos homens, mas que não sabem como”, lembra.
O cenário de “Brincando em Cima Daquilo” é composto por cinco caixas de som espalhadas pelo palco, além de cordas divisórias que marcam o espaço de atuação. “É quase um não cenário. A idéia é que o palco fique nu. As caixas de som existem, pois a música neste espetáculo tem um papel importante. Momentaneamente usamos pequenos recursos teatrais para poder brincar com a possibilidade cênica que o teatro oferece”, resume Bia Lessa. Para a diretora que está cenógrafa, o que mais chamou a atenção no espetáculo foi o que ele permite teatralmente. “A emoção de quando assisti o ensaio do Brincando com a Débora é a mesma de quando a vi no palco pela primeira vez. Tenho a sensação de que para este projeto ela reúne a força e a espontaneidade da juventude com a experiência cênica trazida pelo tempo. É um mistura do que ela era e vai ser daqui pra frente. Este é um espetáculo cru, sem subterfúgios ou truques, que proporciona o encontro direto da Débora com o Teatro. Muito despretensiosamente, ela está iluminada”, afirma.
A trilha sonora de Dany Roland complementa o que é dito em cena. “Pesquisei músicas atuais que falassem sobre cotidiano, amor, Rio de Janeiro, samba, subúrbio. Usei o nome do espetáculo como conceito para a criação desta trilha. Posso dizer que ela não é discreta, incidental, que faz a cama para as personagens deitarem. É diferente de tudo que já tinha feito”, revela Roland. O repertório do espetáculo foi escolhido junto com Otavio e Debora. “Tem Roberto Carlos com ‘Emoções’; Zeca Pagodinho cantando ‘Benjamim’ e ao lado de Erasmo Carlos interpretando ‘Cama e Mesa’; Seu Argemiro com músicas como ‘Saia da casa dos Outros’ e ‘Meu Sofrimento’, além vários funks remixados com o som das Tchutchucas e MC Catra”, detalha.
Cláudia Kopke também seguiu o mesmo conceito de brincar em todos os sentidos para a elaboração do figurino. “A base do figurino é uma roupa de ensaio composta por um macacão e um vestidinho de malha por cima. É como se todo aquele universo estivesse sendo criado no momento do espetáculo. Ao mesmo tempo em que o espectador observa o figurino de uma determinada cena, ele se depara com a joelheira usada pela Débora em praticamente todo o espetáculo”, diz a figurinista, que ainda afirma que os elementos do figurino serão agregados durante o espetáculo. “Nada está escondido em cena e as mudanças de roupa serão muito sutis, quase invisíveis aos olhos do público. A capa preta vestida por Débora numa cena posterior serve de cobertor para a cena anterior. Na cena da capa, por sua vez, ela já está com a sandália alta e dourada, usada com o vestido de carnaval numa cena seguinte”.
Serviço
Brincando em cima Daquilo
Teatro Usiminas
Tel.: (31) 3822-3031
Data: 25 e 26 de agosto
Dias e Horários: Sábado e domingo às 20h30min
Ingressos: R$ 50 (inteira) R$ 25,00 (meia entrada)
Brincando em cima Daquilo
Teatro Usiminas
Tel.: (31) 3822-3031
Data: 25 e 26 de agosto
Dias e Horários: Sábado e domingo às 20h30min
Ingressos: R$ 50 (inteira) R$ 25,00 (meia entrada)
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 16 anos.
Classificação indicativa: 16 anos.
Ficha Técnica
TEXTO: Dario Fo e Franca Rame
DIREÇÃO: Otávio Muller
DRAMATURGIA: Amir Haddad
ELENCO: Débora Bloch
CENÁRIO: Bia Lessa
FIGURINO: Claudia Kopke
ILUMINAÇÃO: Samuel Betts
TRILHA SONORA: Dany Roland
PROGRAMAÇÃO VISUAL: Fábio e Bleque (Cubículo)
ORIENTAÇÃO CORPORAL: Dani Lima
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Carla Nascimento
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO: Barata Comunicação
FOTOS DE DIVULGAÇÃO: Lenise Pinheiro
PRODUTORES ASSOCIADOS: DEBORA BLOCH e EDUARDO BARATA
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