terça-feira, 28 de agosto de 2007

Comentários do dia

Amigos (as) leitores (as),

Com um pouco atraso, a edição de hoje aponta destaque para a crítica e a matéria veiculada na Folha de São Paulo sobre o músico Antônio Nóbrega que se apresenta neste dia 31 (sexta-feira) no Teatro do Centro Cultural Usiminas.

Destaque ainda para a nota publicada no Jornal Diário Popular por Cemário de Souza, representante da classe artística dentro da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura – CMIC, sobre o avanço cultural do município.

Ainda na edição de hoje detalhes do Seminário emendas Parlamentares de Cultura que acontece no estado do Maranhão numa parceria entre Estado e União, o Festival Internacional de Teatro de Brasília que inicia amanhã e o resultado do prêmio FUNARTE de circo.

A todos uma boa leitura.

O GRANDE AVANÇO CULTURAL DE IPATINGA


Tanto o poder público, a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura e os produtores culturais do município de Ipatinga estão de parabéns, por transformarem em realidade um antigo sonho e luta da nossa classe.

Ainda me lembro do dia 24 de setembro de 1996, quando foi feito o decreto que regulamentaria a Lei que “Dispõe sobre o incentivo fiscal para a realização de projetos culturais no âmbito do Município e dá outras providências”. A partir daquele momento foi dado o primeiro passo para o avanço do incentivo à cultura em nossa cidade.

Naquela época eu era Diretor do Departamento de Cultura do Município de Ipatinga, e eram precários os recursos oferecidos aos projetos culturais de nosso município.

“Promover a cultura não é apenas financiar o artista, o produtor individual, é antes, criar as condições para que o maior número possível de pessoas tenha acesso ao sistema de produção cultural, se não como produtores pelo menos como consumidores efetivos”, trecho de um artigo que escrevi ao jornal Diário do Aço em 30/06/07.

É bem verdade que estamos caminhando, pois, com nítido orgulho e plena satisfação pessoal, percebo que estamos tendo a possibilidade de avançar rumo à valorização da nossa classe. Vamos nos pautar em não perder o foco, as oportunidades, garantindo, a cada dia, enquanto política pública, a importância da atividade cultural na vida e desenvolvimento das pessoas.

Aguardamos agora a maior agilização da administração municipal na liberação dos recursos disponíveis (R$ 250 mil), para que os projetos contemplados, pela lei de incentivo à cultura, possam ser desenvolvidos dentro da agenda pré-estabelecida. E que no ano vem o poder público aumente os recursos destinados à cultura, aumentando assim, ainda mais a valorização dos artistas do nosso município.




Cemario de Souza
Representante da Classe Artística na CMIC
Comissão Municipal de Incentivo à Cultura

Matéria e crítica ao show de Antônio Nobrega

O músico, apaixonado pelo estilo musical, diz que o frevo é respeitado, mas pouco conhecido até mesmo pelos recifenses

O frevo é verbo e devoção na trajetória de Antonio Nóbrega. Aos 54 anos, ele canta, toca e dá "alicates", "cruzetas", "mugangas" , "pernadas" e "serrotes" com a energia de um garoto de bloco do Recife.

Seu novo passo em homenagem ao gênero é o segundo CD do projeto "Nove de Frevereiro", cujo espetáculo homônimo cumpre temporada de três semanas em São Paulo, a partir de hoje, no Sesc Pinheiros. O músico, dançarino e ator lançou o primeiro volume em fevereiro passado. O segundo também prepara o terreno para a data simbólica dos cem anos do gênero -em 9 de fevereiro de 1907 cravou-se pela primeira vez a palavra "frevo" no "Jornal Pequeno do Recife".

É o que explica o musicólogo Samuel Valente no encarte que acompanha o disco (e traz nomenclatura dos passos, lista cerca de 130 nomes do cancioneiro pernambucano e ensaios fotográficos de Pierre Verger e Walter Carvalho).

O projeto de Nóbrega ambiciona a "reelaboração" do frevo à luz da contemporaneidade, por meio de timbres, arranjos, cores e temperamentos outros. Leia trechos da entrevista.

OS DOIS VOLUMES
Normalmente, os frevos-de-rua [instrumental] e os frevos-canções [cantado] são tocados por uma orquestra constituída de saxofones, trompetes, trombones, percussão, guitarra e baixo. No primeiro CD, trabalhei um pouco esse universo, decodifiquei a orquestra tradicional. Fiz uma música só com os saxofones, outra só com trompetes e trombones. Neste segundo volume, trago os conjuntos mais diferentes possíveis e proponho frevos em arranjos bastante ousados, como "Brincando com o Clarinete", de Lourival Oliveira, que toco com o Sujeito a Guincho.

PEQUENO NOTÁVEL
O frevo é um gênero respeitado, mas pouco e mal conhecido. Até em Recife. Mesmo os frevos de rua, conhecemos em média três deles. É claro que aquela música está no ouvido do cidadão, principalmente o de Recife, mas o conhecimento formal ainda é pouco.

Uma das razões que atribuo a isso é que o frevo é visto muito como uma manifestação regional e sazonal. Houve um momento historicamente rico [anos 50 e 60] quando existia em Recife uma das maiores gravadoras do país, a Rozenblit.
Através dela, se conheceu muito o frevo. As rádios programavam os frevos em outubro e, no Carnaval, todo mundo sabia os frevos-canções. Tudo isso foi desaparecendo.

DESLIMITES
Estou aproveitando a data simbólica dos cem anos do frevo para dar mais visibilidade ao gênero. Uma tentativa de fazer com que o Brasil conheça mais o que chamo de instituição cultural, uma manifestação tão rica que transcende os limites de um gênero musical ou dança.

O SHOW
O espetáculo está mais maduro em relação àquela primeira versão que apresentamos, em fevereiro, no lançamento do primeiro CD. Estou com 19 músicos, cinco cantoras e quatro dançarinos. É grande a engenharia para organizar tudo isso no palco. É um aparato bastante requintado, temos violão, cavaquinho, banjo, bandolim de cordas, além dos trombones, trompetes etc.


FONTE: Folha de São Paulo
Por: VALMIR SANTOS





Crítica

Didatismo é um preço necessário


Se no início do ano, no primeiro "Nove de Frevereiro", Antonio Nóbrega priorizou os grandes mestres do frevo, agora, no segundo volume, a sua presença como compositor é bem mais efetiva e a ser ressaltada.

"Fervo", a faixa de abertura, e "Festim", ambas parcerias com Wilson Freire, são ótimos exemplares do gênero, nos quais Nóbrega mostra que consegue dar sangue novo a uma tradição centenária.

Esses dois são casos de frevo-canção, os que têm letra, enquanto "Tirando a Casaca", composição de Nóbrega gravada com o tradicional Quinteto da Paraíba, é um frevo-de-rua, instrumental.

Embora siga firmemente esses conceitos, procurando, inclusive, alternar no CD os dois tipos de frevo, Nóbrega subverte as formações mais previsíveis do gênero.
Interpreta o frevo-canção "Por Quem os Blocos Cantam" (Getúlio Cavalcanti) sem sopros, com um arranjo delicado, para o qual contribui a participação do Quinteto Villa-Lobos. Já o instrumental "Corisco" (Lourival Oliveira) leva apenas violino (de Nóbrega) e percussões de Gabriel Almeida.

Várias das faixas têm a participação da Orquestra de Frevo, do maestro Spok, que com apenas 36 anos já é um dos principais nomes do gênero. Seus sopros criam alguns dos momentos mais inventivos e animados do CD.

Mestres do gênero como Capiba e José Menezes não faltam no CD. Assim como não faltam a preocupação didática que o multiartista tem ao gravar os ritmos tradicionais do Nordeste. Tanto didatismo chega a cansar, mas talvez seja o preço a se pagar pela pouca informação que temos hoje. (LFV)


NOVE DE FREVEREIRO - VOL. 2
Artista: Antonio Nóbrega
Lançamento: independente (distribuição Trama)
Quanto: R$ 32,90, em média


FONTE: Folha de São Paulo
DA SUCURSAL DO RIO

Programa TIM Estado de Minas Grandes Escritores doa 2 mil livros a 33 cidades mineiras


No próximo dia 30 de agosto, representantes de 33 municípios de Minas Gerais recebem, em Belo Horizonte, a doação de dois mil livros que serão incorporados aos respectivos acervos públicos. A ação faz parte da segunda etapa do Programa TIM Estado de Minas Grandes Escritores e tem apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. A doação acontece no Teatro da Biblioteca Pública Luiz de Bessa, às 10h30.

Estarão presentes no evento o diretor executivo do Projeto e diretor cultural da Facev (Fundação Artística, Cultural e de Educação para a Cidadania de Viçosa), Amauri Rocha; a superintendente das Bibliotecas Públicas do Estado, Maria Augusta da Nóbrega Cesarino; o diretor da TIM, Luiz Gonzaga Leal; a gerente executiva de Comunicação e Marketing do jornal Estado de Minas, Maria José Souza Carmo; o secretário-adjunto de Estado da Cultura, Marcelo Braga de Freitas; e o escritor Bartolomeu Campos de Queirós, que integra a caravana literária e representa os escritores.

Em seis anos, já foram entregues 13 mil exemplares para as cidades que integram o projeto nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A doação de livros tem o objetivo de estimular o hábito da leitura e ampliar o acesso às obras. A iniciativa inclui, também, a realização de palestras gratuitas nas cidades, ministradas por escritores. Com o intuito de permitir o conhecimento prévio das obras a serem discutidas nas palestras, alguns títulos são disponibilizados anteriormente às visitas.

Viabilizado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura e com a coordenação da ONG Humanizarte e da Facev, o Programa TIM Estado de Minas Grandes Escritores leva autores consagrados para um encontro gratuito com a comunidade de cidades do interior. Com isso, cria-se uma oportunidade de acesso e conhecimento, despertando nos participantes o interesse pela leitura.


Programa em números
No primeiro ano, a iniciativa teve a participação de oito escritores e foram articuladas 26 palestras, em 11 cidades de Minas Gerais. Em 2003, a participação foi ampliada para 12 escritores, e foram ministradas 42 palestras em 18 cidades. Em 2004, 12 escritores ministraram 34 palestras em 19 cidades. Já entre 2005 e 2006, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, 13 escritores participaram de 139 palestras, percorrendo 76 cidades. Nesse período, foram doados 11.235 exemplares de livros para as cidades participantes do Programa. Neste ano, estão sendo realizadas 66 palestras nos 33 municípios envolvidos, além da doação dos dois mil livros.


Escritores participantes do programa em 2007
Affonso Romano de Sant'Anna; Alcione Araújo; Bartolomeu Campos de Queirós; Carlos Herculano Lopes; Frei Betto; Ignácio de Loyola Brandão; Marina Colasanti; Moacyr Scliar; Nelson Motta; Sérgio Cabral; Zuenir Ventura; Roberto DaMatta são os principais autores das obras a serem adquiridas e doadas. Além de seus trabalhos, os escritores também farão sugestões de títulos que serão doados às bibliotecas.


Cidades participantes
Araguari, Araxá, Barbacena, Betim, Carangola, Caratinga, Congonhas, Contagem, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Itajubá, Itaúna, Juiz de Fora, Montes Claros, Muriaé, Ouro Preto, Patos de Minas, Patrocínio, Poços de Caldas, Ponte Nova, Pouso Alegre, Sabará, Santa Luzia, São João del-Rei, Sete Lagoas, Tiradentes, Três Corações, Ubá, Uberaba, Uberlândia, Varginha, Viçosa.


Serviço:
Segunda etapa do Programa TIM Estado de Minas Grandes Escritores: doação de dois mil livros para 33 municípios mineiros
Data: 30 de agosto
Horário: 10h30
Local: Teatro da Biblioteca: Praça da Liberdade, 21


FONTE: Secretaria de Estado da Cultura

Seminário Emendas Parlamentares de Cultura

Evento será promovido pela Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão em parceria com o Ministério da Cultura



A ampliação do debate sobre o Orçamento na área cultural é um dos principais objetivos do Seminário Emendas Parlamentares de Cultura, que acontece nos dias 30 e 31 de agosto, em São Luís (MA). O evento é promovido pela Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão em parceria com o Ministério da Cultura. A solenidade de abertura será realizada no Teatro João do Vale, na próxima sexta-feira, 30 de agosto, às 18h, com a presença de autoridades locais e demais participantes.

No sábado (dia 31), pela manhã, o assessor parlamentar do MinC, Jorge Vinhas, fará a palestra inicial do primeiro painel, Emendas Parlamentares da Cultura, cujas atividades serão realizadas no auditório da Associação Comercial do Maranhão. Também participam dessa parte da programação, os deputados federais Gastão Vieira (PMDB-MA) e Flávio Dino (PCdoB-MA); e os deputados estaduais José Lima (PL-MA) e Chico Gomes (PFL-MA).

No período da tarde, o painel Relação Federativa será aberto novamente pelo assessor Jorge Vinhas, seguido do chefe da Casa Civil do estado, Anderson Lago; do prefeito de Icatu (MA), Juarez Lima; do deputado federal Julião Amin (PDT-MA); da deputada estadual Graciete Lisboa (PSDB-MA) e do vereador Batista Botelho (PDT-MA).


Políticas Locais
Os dois painéis serão mediados pelo secretário da Cultura do Maranhão, João Batista Ribeiro Filho. De acordo com ele, as políticas culturais maranhenses estão em perfeita sintonia com as do Ministério da Cultura pois se baseiam nas mesmas três dimensões - cultura enquanto produção simbólica; cultura enquanto direito e cidadania; e cultura enquanto Economia. "Além desses, outros três pilares - descentralização, pluralidade e democracia cultural - são adotados pelo estado, no que diz respeito às políticas culturais", destaca.

João Batista disse que até o final de 2007 será constituído o Conselho Estadual de Cultura do Maranhão, com caráter deliberativo e normativo. "Em dezembro deste ano será realizado um fórum estadual com a presença de cerca de mil representantes dos municípios. Na ocasião, serão definidos os participantes do Conselho”.

Confira a programação do Seminário.


Informações: (98) 3218-9910, ramal 243.


FONTE: Ministério da Cultura

Festival Internacional de Teatro de Brasília

Serão apresentados 29 espetáculos diferentes na oitava edição do evento



Após doze anos de criação, será realizado de 29 de agosto a 9 de setembro, na capital federal, um dos maiores eventos das Artes Cênicas do Brasil: o Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília. O Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, apóia a iniciativa, que está em sua oitava edição.

Serão doze dias de apresentações teatro e dança, em 29 espetáculos diferentes, distribuídos em oito espaços culturais da cidade, totalizando 71 sessões. A programação contará com companhias e artistas vindos de todo o país e, ainda, do Japão e da Espanha.

Dentre as atrações estão A Pedra do Reino, do Grupo de Teatro Macunaíma e CPT (SP), teatralizado a partir das obras Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-volta e História do Rei Degolado nas Caatingas do Sertão: ao Sol da Onça Caetana, ambas de autoria de Ariano Suassuna; a peça japonesa Kagemi, de Sankai Juku, que promove a fusão do teatro butô com a dança contemporânea, com apresentação de um poema visual em sete sequências; e o espetáculo espanhol La Revelación, de Leo Bassi, que faz uma crítica às religiões monoteístas.

O Cena Contemporânea promove, também, oficinas destinadas a profissionais e estudantes das artes cênicas, encontros abertos ao público, música, palestras, exposição, lançamentos de livros e Cinema de Dionísio - sessões com filmes inspirados em grandes espetáculos da história.

Para as exibições cinematográficas, a entrada é franca. Já os espetáculos teatrais, custam R$ 15,00 e R$ 7,50, no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), e R$ 16,00 e R$ 8,00 nos demais espaços.

Informações e programação completa: www.cenacontemporanea.com.br.


FONTE: Ministério da Cultura

ARTE CIRCENSE - Resultado do Prêmio Funarte Carequinha/2007

Módulo 'Patrimônio', 20 contemplados; 'Pesquisa', 6; 'Circo Itinerante', 25; 'Trupes e Grupos', 14; 'Formação', 10; e 'Mostras e Festivais', 5



A Fundação Nacional de Arte, instituição vinculada ao Ministério da Cultura, divulgou o resultado do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2007. A iniciativa beneficiará 80 projetos de circos e grupos circenses nas diversas regiões do país.

A premiação, que conta com recursos de R$ 2 milhões da Funarte/MinC e patrocínio da Petrobras, será distribuída em seis módulos:
• Patrimônio - 20 projetos
• Pesquisa - 6 projetos
• Circo Itinerante - 25 projetos
• Trupes e Grupos - 14 projetos
• Formação - 10 projetos
• Mostras e Festivais - 5 projetos

Saiba quais são os contemplados.


Informações: (21) 2279-8023 e ceacen@funarte.gov.br, no Centro de Artes Cênicas da Funarte, ou (21) 2273-2144 e escolacirco@funarte.gov.br, na Escola Nacional de Circo.


Leia esta e outras notícias no site da Funarte: www.funarte.gov.br.


FONTE: Ministério da Cultura