O Sebrae MG escolheu Cataguases, Mirai e Leopoldina para ser a primeira região do interior mineiro a elaborar um plano de ação de um programa piloto voltado para a economia da cultura. A assinatura do convênio aconteceu no último dia 3 e trouxe à cidade o diretor de comercialização e articulação do Sebrae, Matheus Cotta da Carvalho. Na véspera, uma missão de técnicos da entidade visitou, além dos principais centros culturais de Cataguases e Mirai, o grupo esteve no Festival de Viola e Gastronomia de Piacatuba.
Na presença de diversas lideranças da região, o Termo de Cooperação, nesse momento foi assinado pelo Sebrae- Minas, Cia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, Instituto Francisca de Souza Peixoto e Instituto Cidade de Cataguases. Com a proposta de integração de outras instituições, públicas e privadas, empresarias e governamentais, o evento já contou com a adesão imediata da Fundação Simão José Silva e do Circuito Turístico Serra e Cachoeiras.
A escolha de Cataguases não foi por acaso. O município está transformando-se em um centro de referência, em especial, no setor do audiovisual e ganha destaque, inclusive em âmbito internacional, na produção de grandes eventos culturais, como é o caso do Cineport – Festival Internacional de Cinema da Língua Portuguesa, promovido pela Fundação Ormeo Junqueira Botelho. Na cidade, ainda, dentre outras iniciativas em curso, tem destaque o Instituto Francisca de Souza Peixoto, com forte atuação em diversos projetos sociais e culturais, e o Instituto Cidade de Cataguases, com o Fábrica do Futuro – Incubadora Cultural do Audiovisual e Novas Tecnologias. Para completar o grupo, a cidade de Mirai se prepara para inaugurar o Centro Cultural Ataulfo Alves e em Leopoldina, o destaque é para o Festival de Piacatuba.
Para César Piva, gestor cultural da Fábrica do Futuro, já existe nessas três cidades, um grande potencial para acolher um pólo de economia da cultura com toda sua cadeia de produtiva, contemplando, a pesquisa, experimentação, criação, produção, circulação, difusão, distribuição, formação de público e acessibilidade. Diz ele: “a diversidade cultural da região é nosso principal patrimônio, temos que fazer dele um ativo de desenvolvimento local, gerador e distribuidor de riqueza, trabalho, renda e novas oportunidades, sobretudo, com perspectivas reais para nossa juventude”.
Neste contexto, estudos encomendados por diversas instituições revelam que para cada milhão de reais gastos na área de cultura, no Brasil, são gerados 160 postos de trabalho diretos e indiretos. Isso comprava uma dimensão que, habitualmente, se desconhece, isto é, a face de impacto social e econômico da cultura. Um exemplo apontado por esses estudos indica que apenas os gastos com o patrimônio histórico-cultural, no final da década passada somarão cerca de R$ 400 milhões com geração de 12.800 novos postos de trabalho. Isso demonstra a enorme importância da cultura para o ingresso em uma nova fase do desenvolvimento no Brasil.
FONTE: Cultura e Mercado
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