quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Comentários do dia
Começo o comentário de hoje pedindo desculpas pela demora na edição de hoje, problemas técnicos com o BLOGGER atrasaram tudo.
Enfim, antes tarde do que nunca, começamos pelo resultado do FEC - Fundo Estadual de Cultura, que segue bem aqui abaixo. Ipatinga aparece apenas representada pelo Grupo Cultural Roda Viva com um projeto aprovado, assim mesmo o destaque ficou para o interior e para a probelmática de entidades culturais concorrerem com Municípios. Tá na hora do Estado rever isso e criar uma linha para as prefeituras muncipais e outra para as entidades, não dá pra colocar no mesmo "saco" todos, é no mínimo injusto.
Aproveito para acalentar o detabe sobre a impresa cultural no Brasil, iniciado pelo site Cultura e Mercado, publicando aqui os comentário de Gustavo do 100canais.
Destaque para o Festival do Circo que inicia em Belo Horizonte, com uma matéia publicada no jornal O Tempo, e para a abertuda das incrições para o Festival de Documentários "É Tudo Verdade".
A todos uma boa leitura.
Fundo Estadual de Cultura divulga resultado
Fique atento! As listas de projetos aprovados que receberão recursos do Fundo Estadual de Cultura 2007 já estão disponíveis.
Projetos Aprovados - Reembolsáveis
Projetos Aprovados - Não-Reembolsáveis
O objetivo do Fundo é dar apoio financeiro a ações e projetos que visem à criação, à produção, à preservação e à divulgação de bens e manifestações culturais no Estado. Assim, a Secretaria de Estado de Cultura pretende estimular o desenvolvimento cultural do Estado em suas regiões, com foco prioritário para o interior, considerando o planejamento e a qualidade das ações culturais.
O projeto é realizado em parceria com o BDMG - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.
Outras informações poderão ser obtidas pelos telefones:
(31) 3269-1071
(31) 3269-1053
FONTE: Secretaria de Estado da Cultura
DEBATE SOBRE A IMPRENSA CULTURAL
O Sacrifício
“Já cantei bastante”
O portal de notícias da Globo, o G1, disse que Gil não deixou de ser ministro durante a estréia de Banda Larga em São Paulo: “A empolgação de Gil nas palavras levou a algumas pessoas da platéia a gritar ´canta!´, irritando mas não chegando a tirar o bom humor do ministro-cantor... ´Já cantei bastante [nesta noite], mas agora estou falando´". O mote do giro mundial do cantor é a permissão para fotografar, gravar e filmar, além do estímulo a modificar o conteúdo da apresentação. E foi mais próximo do final que a platéia abandonou as cadeiras (o show foi 100% mesa) para se aproximar do palco, deixando a apresentação mais interessante. Antes, parte do público já havia tentado o mesmo movimento, mas havia sido contida pelos seguranças. Sendo a idéia da turnê promover a liberdade do uso das novas tecnologias, essa proibição à moda antiga não deixava de ser irônica.
“Agora estou falando”
Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo de sábado pegou ainda mais pesado com a sua modalidade entrevista pinque-pongue non sense, sem sentido, começo meio ou fim: “FOLHA - O que o senhor pensa do "Cansei"? Gilberto Gil - Penso que as pessoas cansadas dizem que estão cansadas. Talvez eles precisem descansar. FOLHA - O "Cansei" diz ser um movimento apartidário... Gil - Como é apartidário se são contra o presidente? FOLHA - Eles se dizem contrários à situação que o país vive. Gil - Que situação que o país vive? Eles estão se queixando de quê, de quem? FOLHA - Corrupção, por exemplo. Gil - Mas e daí? Eu estava na Europa, não acompanhei direito, você acompanhou melhor que eu. Você sabe do que eles estão se queixando. FOLHA - Uma das principais queixas é a corrupção. Gil - Sim, mas e daí? Estão cansados de corrupção? E o que eles vão fazer? FOLHA - A Christiane Torloni criticou o Ministério da Cultura, disse que sofreu um "apagão". Gil - Ela criticou o ministério, criticou o ministro. Se as críticas são pertinentes, fundadas em fatos, em desempenho real... Mas não houve apagão, acho que é falta de informação. O ministério está funcionando. Era bom que se informassem direito.”
Alguém confirma?
E o Valor Econômico do dia 17, em reportagem sobre aliança entre o prefeito carioca César Maia (DEM) e o governador do Rio Sérgio Cabral (DEM), comentou sobre a possibilidade de Lula não concordar com a aliança, pois existem “rumores em torno do desejo do presidente” de lançar no ano que vem Gilberto Gil prefeito do Rio. Até rima. Mas alguém aperta o verde e confirma? O Estadão também fala sobre rumores de que Gil pretenda deixar o ministério e talvez dedicar-se à disputa pela prefeitura do Rio: “Seus assessores mais próximos crêem que, se ele deixar o MinC, vai ser para tirar o time de campo também da política”.
Parabéns ao National Kid
O Estado de S. Paulo desta segunda-feira comemorou os 50 anos de consumo do “pop tecnológico japonês”. Desde o seriado National Kid - super-herói inventado pela empresa National para popularizar o rádio com transístor, uma invenção japonesa - até o novíssimo game Blue Dragon, passando por ícones tecnófilos (com o carro de Speed Racer ou inúmeros robôs gigantes), super-estrelas do videogame (Mario Bros., Pokémon) e gadgets para todos os gostos (do Walkman ao Tamagochi), “o fascínio do Japão pela tecnologia criou uma nova cultura: ágil e sensível, exagerada e delicada, emotiva e violenta”.
Mas é tudo por dinheiro!
Mas reportagem pondera: Apesar de carregada de significado, a produção cultural de massa japonesa tem um propósito claro: fazer dinheiro. Mangás viram animes, que viram games, que viram brinquedos, que rendem histórias paralelas, que vendem CDs de música e DVDs e viram até parques temáticos. “É tudo por dinheiro, mas nem por isso deixa de ser uma excelente diversão”, diz o jornal.
Falha nossa
Ficou de fora de nossa pauta do 100canais, e para o nossa surpresa quem estava lá para cobrir foi O Estado de S.Paulo. Com o bordão Legislação, “Audiovisual dá partida para mudar legislação” apontou o que ninguém queria ver: “Tanto cineastas, produtores e exibidores quanto o governo concordam que lei não funciona mais para setor”. O Estadão abriu a reportagem afirmando que, “em apenas 10 anos, a lei brasileira de direito autoral tornou-se insuficiente, inapropriada e caduca para arbitrar as questões do audiovisual”. O que não ficou claro é para onde a família Mesquita pretende levar o debate. Não estávamos lá para ouvir.
Igualdade Colorida
Marco Aurélio de Mello afirmou na Folha de São Paulo de domingo que “A igualdade é colorida”, em artigo sobre os “18 milhões de cidadãos considerados de segunda categoria”. O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral trouxe à tona debate sobre a criminalização da homofobia. Aguarda ainda apreciação pelo Senado o projeto de lei nº 5.003/2001, que enquadra a homofobia como crime, já aprovado na Câmara dos Deputados, onde tramita também projeto que proíbe os planos de saúde de limitar a inscrição de dependentes no caso de parcerias homossexuais.
Universal de MP3
E o Jornal do Commercio informou que a Universal Music, maior gravadora do mundo, vai testar a venda de músicas de artistas como Amy Winehouse, 50 Cent e Black Eyed Peas, sem tecnologia de proteção contra cópias. A companhia informou em comunicado que vai permitir a venda de milhares de seus álbuns e faixas no formato MP3 sem proteção contra cópias, software conhecido como administração de direitos autorais. O teste da Universal marca uma retirada da empresa da prática comum da indústria. As grandes gravadoras insistem que a tecnologia DRM serve para coibir o que eles chamam de pirataria.
Pingüim na janela
“Imagine você comprar uma casa e ter um cômodo no qual não pudesse entrar e você não soubesse o que acontece lá dentro”, compara o consultor Lucas Filho sobre a “caixa-preta” do formato OOXML da Microsoft, entrevista ao Diário do Nordeste. De olho nessa questão, a comunidade de software livre está organizando um movimento mundial contra o OOXML. O site www.noooxml.org pede para que os usuários votem “não” na consulta ISO DIS 29500 para padronização do OOXML. A página lista oito razões contra o intento da empresa de Bill Gates, dentre elas está a de que já existe um formato aberto padrão ISO 26300, o ODF.
Telefônica Digital
A coluna Outro Canal da Folha de São Paulo do dia 20 disse que a Telefônica fechou acordo com as Organizações Globo e distribuirá por sua operadora de TV paga via satélite o sinal aberto da TV Globo e os canais da Globosat (Telecine, SporTV, GNT, Globo News, Multishow). O objetivo do acordo é impulsionar a recém-lançada Telefônica TV Digital, que poderá competir com os mesmos conteúdos da Net e da Sky, que têm participação acionária da Globo. Depois da Sky, a Telefônica é a primeira operadora via satélite a ter TV Globo.
* Bom deixar claro - Não se pretende neste espaço, em momento algum, criar nenhum tipo de pseudo-observador de imprensa à moda de Alberto Dines, nem a pretensão de este autor ter se auto-intitulado o ombudsman do jornalismo cultural. Longe disso. O objetivo do Caderno 2.0 é inter-relacionar a pauta e a estratégia política dos meios de comunicação. Provocar o debate com o melhor e o pior que o jornalismo permite, sem sequer medi-los, apenas expondo-os. Dos comentários fofoqueiros sensacionalistas, às novas iniciativas e propostas tecnológicas. E assumiremos todas as nossas contradições.
Respeitável público!
Não é exagero dizer que a quarta edição do festival vai, de fato, mudar a rotina belo-horizontina. Ao contrário dos três anos anteriores, o evento não vai montar sua lona num só lugar e ali permanecer. Durante dez dias, espetáculos nacionais e internacionais de circo, mostra internacional de números circenses de lona e rua, filmes, exposição fotográfica, seminário e oficinas vão ocupar 19 pontos diferentes da cidade, num projeto de descentralização que é o grande diferencial do Mundial de Circo deste ano. "Nós sentimos a necessidade daquela famosa frase: ir aonde o povo está. Desde a primeira edição do evento, nos focamos em um só lugar, que chamávamos de Cidade do Circo. O público sempre compareceu, mas ainda assim achamos importante poder levar os espetáculos ao maior número possível de lugares e, conseqüentemente, de pessoas. O que queremos é que o circo realmente entre na cidade", diz Fernanda Vidigal, uma das organizadoras do Festival Mundial de Circo.
Nos dez dias de evento, o público belo-horizontino vai poder ter uma visão ampla do que é o circo. "Estamos percebendo, cada vez mais, que o circo retoma força na nossa cultura. E também está se adaptando a novas tecnologias que facilitam todas aquelas artimanhas e maluquices que acontecem no picadeiro, está bebendo em outras fontes artísticas, como sempre bebeu, mas agora com uma outra leitura. Respeitando toda a tradição, que, sem ela, nada disso estaria acontecendo hoje, outro diferencial da edição deste ano é centrar foco na produção contemporânea de circo", adianta Fernanda, creditando parte dessa renovação da linguagem circense ao crescente interesse de se pesquisar, estudar e praticar circo. "Há, atualmente, muitas escolas que estão formando novos artistas e esses estão trazendo uma visão nova para a arte circense. Hoje, dificilmente se vê um espetáculo que não se preocupe com a dramaturgia, com a trilha, com o figurino. O circo é, hoje, pensado como um todo", acrescenta Fernanda.
Nessa perspectiva contemporânea de se desenvolver a lida circense destacam-se algumas partes do mundo. "As três principais escolas de circo do mundo são Canadá, Bélgica e França. São esses países que mais produzem, pensam e renovam o circo", avalia a organizadora. Uma boa amostragem do que esses países fazem poderá ser conferida por meio de espetáculos como "Le Vertige du Papillon", da Cia. Feria Música, e "Intervenção Urbana: Slips Experiences", da Okidok2, ambos de origem belga. Vale destacar, ainda, o Circo Nacional da China, que se debruça sobre a tradição.
Voltando os olhos para a produção nacional, artistas de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, entre outras cidades, vêm mostrar que o Brasil está antenado e preocupado em cultivar a arte circense. E Belo Horizonte, nesse sentido, também tem rendido bons frutos e multiplicadores. "Na programação do evento, há muitos jovens talentos que são daqui que vão apresentar números de altíssima qualidade. Queremos também ser vitrine para a produção circense da cidade", afirma Fernanda, lembrando que dois dos representantes belo-horizontinos, Diogo Dolabella e Luis Sartori do Vale, hoje estão atuando em companhias da Bélgica.
Mas não é só de espetáculo que o 4º Festival Mundial de Circo é feito. Como suporte - e até alicerce - do momento glamouroso que é o encontro dos artistas com o espectador, o evento vai oferecer ao público mostra de filmes, lançamento de livros, oficinas, seminário que pretendem divulgar um outro lado da arte circense, daquele que envolve labuta, dedicação e preparação. "Na exposição fotográfica, produzida pelo fotojornalista Adi Leite, podemos ver congelados momentos e ângulos que não havíamos percebido. Ele fez uma grande viagem pelo interior do Brasil e trouxe imagens que revelam esse outro lado. Também há documentários que mostram o que nós nem imaginamos o que é: o dia-a-dia de uma família mambembe, que vive de montar a lona e não sabe nem onde vai morar na semana seguinte; a educação das crianças dessas famílias", diz Fernanda. "O seminário, as oficinas, todos esses eventos fora os espetáculos são, na verdade, para mostrar o lado que não é o mágico, para ajudar a pensar e aproximar esse universo que é tão distante da nossa realidade", pontua.
FONTE: O Tempo
Por: Liliane Pelegrini
Suspensão – Tempo, Paisagem, Performance, TV: Vídeo
A edição de agosto do projeto Imagem Pensamento leva para Belo Horizonte neste sábado, dia 25 de agosto, a mostra Suspensão – Tempo, Paisagem, Performance, TV: Vídeo. A iniciativa, que conta com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, será realizada a partir das 20h, no Cine Humberto Mauro, do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, nº 1537 – Centro), com entrada franca.
O objetivo é o de apresentar vídeos que trabalham com os diversos significados que a palavra suspensão pode ter, como ‘estado de expectativa e ansiedade, devido à incerteza do que vai acontecer; suspense’ ou, ainda, ‘espécie de miragem incompleta, na qual os objetos parecem suspensos no ar, mas sem imagem refletida’.
Trabalhos experimentais do audiovisual nacionais e internacionais têm um espaço para reflexão e exibição dos seus vídeos. Para o curador e coordenador do Imagem Pensamento, Eduardo de Jesus, o projeto proporciona ao setor experimental do audiovisual uma visibilidade maior. “Em todas mostras tivemos um público enorme.” Ele também ressalta a importância do local escolhido. “Não temos opções de espaços para exibição desses trabalhos e o Palácio das Artes vem fechar essa lacuna”.
Serão apresentadas obras de artistas internacionalmente consagrados, como a suíça Pipilotti Rist, o espanhol Antonio Muntadas e a libanesa Mona Hatoum. Após a exibição, haverá debate com o crítico de Arte e professor Stéphane Huchet, do curso de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Informações: http://www.imagempensamento.art.br/.
FONTE: Ministério da Cultura
É Tudo Verdade recebe inscrições para edição 2008
Estão abertas as inscrições para o É Tudo Verdade 2008 – 13° Festival Internacional de Documentários, que acontece entre os dias 27 de março e 6 de abril de 2008. O evento acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro, com mostras itinerantes em Brasília, Campinas, Porto Alegre e Recife. Para esta edição, exige-se que os longas e médias-metragens candidatos à mostra competitiva nacional sejam inéditos. O vencedor desta mostra recebe prêmio no valor de R$ 100 mil. Também serão aceitas inscrições de curtas-metragens, sem necessidade de ineditismo. Informações e inscrições: http://www.etudoverdade.com.br/
FONTE: Tela Viva