Quantidade, qualidade, abrangência e um foco muito bem definido são características da programação da edição deste ano do Festival de Arte Negra (FAN), que acontece de 19 a 25 de novembro. A lista de atrações, que acaba de ser divulgada, inclui artistas de renome nacional, como os músicos Jorge Ben Jor, Martinho da Vila e Mart’nália, o coreógrafo Ismael Ivo e, também, diversas atrações vindas de países africanos situados acima da linha do Equador, como Nigéria, Senegal e Mali.
A curadoria, formada pelo ator e diretor Adyr Assumpção e pelo coreógrafo e bailarino Rui Moreira, resolveu, mais uma vez, voltar seu olhar para a África, de forma a estabelecer pontes entre os vários caminhos das artes negras.
"A cada edição precisamos ter um recorte porque, quando se fala em arte negra, há sempre muita coisa para ser abordada. Pegamos o mapa da África, dividimos em linhas políticas e históricas e fizemos essa escolha, pelos países que estão acima da linha do Equador. Essa região, do império Mali, do Senegal, abrange países com uma tradição cultural muito intensa e que têm um diálogo estreito com o processo histórico brasileiro. Percebemos que havia confluência suficiente para abordar, nesta edição, aquela parte da África", diz Moreira.
É de lá que vem, por exemplo, uma exposição de máscaras e objetos da cultura Bijagós, da Guiné Bissau, com curadoria de Emanoel Araújo, que abre este 4º FAN. O curador também destaca o show de Doudou N’Diaye Rose, o mais famoso percussionista senegalês e um dos mais renomados músicos africanos do século XX. "Ele criou toda uma geração de músicos e vai tocar, aqui, com o o nosso senegalês, o Mamour Ba", diz. Outra atração a que ele dá relevo é a Cia. Jant-Bi, também do Senegal, que traz ao evento o espetáculo "Waxtaan".
"São jovens dançarinos que levam para o palco um espetáculo que mistura dança e teatro para falar de um contexto africano atual, contemporâneo. Vai ser uma semana realmente bastante intensa, com grandes espetáculos, discussões e as rodas de conversa no Ojá, que, aliás, também é um trunfo do festival", aponta, referindo-se ao mercado que será montado na Casa do Conde de Santa Marinha, onde está concentrada a maior parte das atrações.
FONTE: O Tempo
POR: Daniel Barbosa
A curadoria, formada pelo ator e diretor Adyr Assumpção e pelo coreógrafo e bailarino Rui Moreira, resolveu, mais uma vez, voltar seu olhar para a África, de forma a estabelecer pontes entre os vários caminhos das artes negras.
"A cada edição precisamos ter um recorte porque, quando se fala em arte negra, há sempre muita coisa para ser abordada. Pegamos o mapa da África, dividimos em linhas políticas e históricas e fizemos essa escolha, pelos países que estão acima da linha do Equador. Essa região, do império Mali, do Senegal, abrange países com uma tradição cultural muito intensa e que têm um diálogo estreito com o processo histórico brasileiro. Percebemos que havia confluência suficiente para abordar, nesta edição, aquela parte da África", diz Moreira.
É de lá que vem, por exemplo, uma exposição de máscaras e objetos da cultura Bijagós, da Guiné Bissau, com curadoria de Emanoel Araújo, que abre este 4º FAN. O curador também destaca o show de Doudou N’Diaye Rose, o mais famoso percussionista senegalês e um dos mais renomados músicos africanos do século XX. "Ele criou toda uma geração de músicos e vai tocar, aqui, com o o nosso senegalês, o Mamour Ba", diz. Outra atração a que ele dá relevo é a Cia. Jant-Bi, também do Senegal, que traz ao evento o espetáculo "Waxtaan".
"São jovens dançarinos que levam para o palco um espetáculo que mistura dança e teatro para falar de um contexto africano atual, contemporâneo. Vai ser uma semana realmente bastante intensa, com grandes espetáculos, discussões e as rodas de conversa no Ojá, que, aliás, também é um trunfo do festival", aponta, referindo-se ao mercado que será montado na Casa do Conde de Santa Marinha, onde está concentrada a maior parte das atrações.
FONTE: O Tempo
POR: Daniel Barbosa
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