O Projeto de Lei 1003/2007, que institui o Dia Nacional da Cultura Hip Hop, foi aprovado por unanimidade no dia 22 de agosto, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, e encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, de onde sairá para o Senado Federal. Criado pelo deputado Jovair Arantes, de Goiás, o projeto de lei menciona em sua justificativa que "movimentos como o hip hop mostram que as formas de expressão cultural no Brasil podem ser usadas na luta contra a discriminação racial e a desigualdade social".
A Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC) vê com bons olhos a proposta de criação do Dia Nacional da Cultura Hip Hop - 13 de maio -, data em que se comemora a Abolição da Escravatura. "A Secretaria envolve-se cada vez mais com o assunto e começa a trabalhar com vistas às discussões em torno da criação de políticas públicas voltadas para o movimento hip-hop, a exemplo do que já faz com as culturas indígenas, culturas populares, culturas ciganas, cultura GLTB, inclusão cultural da pessoa idosa e outras populações", afirmou o secretário (substituto) da SID, Ricardo Lima.
Por meio da SID, o Ministério da Cultura, em parceria com o Governo do Estado da Paraíba, realizará na cidade de Campina Grande, nos dias 26 a 28 de outubro, o I Encontro Nacional de Rappers e Repentistas, conhecido por Rap & Rep. Na ocasião, estarão envolvidas as várias linguagens artísticas ligadas à cultura do hip-hop, do repente, da embolada, do cordel, do cinema, do teatro e muito mais.
O evento chamará a atenção para a questão da diversidade cultural. Num único espaço, vão se reunir nomes importantes do hip-hop e da cantoria popular. Apresentações artísticas, oficinas e seminários serão realizados durante os três dias do encontro. "Vão acontecer vários debates, principalmente os relacionados ao papel social do hip-hop e da cultura popular", acentua Ricardo Lima.Em abril deste ano, o ministro Gilberto Gil recebeu em seu gabinete, em Brasília, o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, e a subsecretária de Cultura, Daniella Ribeiro, que vieram ao ministério acertar detalhes do evento. Em maio, o secretário Ricardo Lima, acompanhado do gerente da SID, Américo Córdula, e do rapper Nelson Triunfo, difusor do hip-hop no Brasil, visitaram Campina Grande, onde participaram de várias reuniões para tratar do assunto. Segundo Américo Córdula, o "I Encontro Nacional de Rappers e Repentistas será um evento nacional de grande repercussão, um momento em que a criatividade vai imperar".
O Hip-Hop
A cultura Hip-Hop teve a sua origem na década de 70, nos Estados Unidos, mais precisamente no Bronx, em Nova York. Foi um movimento da juventude afro-americana e hispânica contra a violência das gangues que afligiam moradores de classes pobres do bairro novaiorquino. Ao invés de violência, os adeptos do movimento praticavam a paz, o amor, a diversão, a união, a arte, a expressão, competindo sempre com criatividade, por meio do rap (ritmo e poesia – expressão musical-verbal da cultura); do graffiti (que representa a arte plástica); e do break dance (que representa a dança). Por meio da música, da arte e da dança, o movimento ajudou os jovens da periferia a encontrar a identidade, a motivação, a consciência de cidadania e muito mais.
No Brasil, o Hip-Hop chegou na década de 1980. É um movimento organizado, e as várias tendências internas o tornam diferente do movimento norte-americano. O hip-hop brasileiro retrata as experiências de jovens e de pessoas que vivem na periferia e lutam contra o preconceito e a desigualdade social. Essa expressão cultural expõe a questão da exclusão social e racial no Brasil e simboliza uma forma de resistência e mudança da realidade.
Mais informações: http://www.raprep.com.br/.
FONTE: Ministério da Cultura
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
I Encontro Nacional de Rappers e Repentistas
Nos dias 26 a 28 de outubro, em Campina Grande, um grande evento envolvendo as diversas expresões artísticas como o hip-hop, repente, embolada, cordel, cinema e teatro
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