Foi dada a largada para a terceira edição do Cinema nos Trilhos, projeto realizado pela Fundação Vale do Rio Doce que leva filmes brasileiros para perto de quem não tem acesso à sétima arte em cidades que não possuem uma sala de exibição. Este ano a programação está ampliada, levando também a outros Estados as atividades que incluem exibição de longas e curtas-metragens e oficinas de animação para crianças e adolescentes.
Os beneficiados serão moradores do interior de Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Bahia, por onde passa a Estrada de Ferro Vitória a Minas e a Ferrovia Centro Atlântica. Dez comunidades do Pará e Maranhão, próximas à Estrada de Ferro Carajás, também terão acesso ao cinema gratuito. Minas Gerais e Espírito Santo são as primeiras localidades a receberem o Cinema nos Trilhos.
Durante oito dias, as comunidades de Antônio Dias, Tumiritinga, Conselheiro Pena, Resplendor e Aimorés, em Minas Gerais, poderão assistir ao filme "Tapete Vermelho", com Matheus Nachtergaele e Gorette Milagres no elenco, e ainda ao curta-metragem de animação "Albertinho", produzido por crianças e adolescentes da rede municipal de Vitória dentro do projeto Animação. Além disso, Minas Gerais recebe a exibição do curta "Da Janela do Meu Quarto", de Cao Guimarães, uma forma de mostrar o trabalho de cineastas dos Estados por onde o projeto passa.
Segundo Sérgio Dias, gerente geral de projetos da Fundação Vale do Rio Doce, a proposta do Cinema nos Trilhos é baseada na exibição de filmes brasileiros para um público que tem dificuldade de acesso ao cinema. Mas o projeto não se limita a isso. "Tudo é pensado para criar identificação entre o filme e a comunidade em que ele está sendo mostrado", afirma.
"A primeira coisa que fazemos é realizar um levantamento antropológico sobre as paisagens, as pessoas ilustres e importantes para aquela localidade. Esta é uma forma de fazer com que essas pessoas percebam que a cidade delas também pode virar cinema e que eles podem se ver na tela", defende Dias.
Os filmes que integram a programação (veja a lista no quadro) obedecem a critérios para agradar o maior número de pessoas em todas as cidades. "O longa-metragem escolhido é sempre do circuito comercial, mas que não tenha saído em DVD e ainda não tenha sido exibido na televisão. A lógica é que ele atenda todos os públicos: das crianças aos adultos", adianta.
FONTE: O Tempo
Por: SORAYA BELUSI
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
"Cinema nos Trilhos" ganha nova edição
Realizado pela Fundação Vale do Rio Doce, projeto leva a sétima arte para cidades sem cinema
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