O verbo cantar nunca foi conjugado com tamanha freqüência quanto nestes tempos de revelação de Ídolos (SBT/Alterosa), além da mania do videokê, que se prolifera com a popularização do DVD. Cidade base de grandes mestres do canto popular, Belo Horizonte sedia escolas indicadas para os interessados em se aprofundar na prática, que vem atraindo candidatos de todas as faixas etárias e sociais. Com metodologias diferenciadas, Eladio Pérez-González (Fundação de Educação Artística – FEA), Maria Amália Morais (foto), a Babaya( (Babaya Escola de Canto) e a professora particular Neide Ziviani são responsáveis pelo boom do setor na capital, que viu ascender talentos como Vander Lee, Paula Santoro, Trio Amaranto, Kadu Vianna, Marina Machado e Podé Nastácia, da banda Tianastácia.
“Muitos têm metodologia apropriada ou adaptada do canto lírico, mas em Babaya eu reconheço e admiro o fato de ela se ter dedicado ao desenvolvimento de um método próprio para o canto popular”, afirma o preparador vocal e professor Ernani Maletta, cujo trabalho no curso de teatro da Escola de Belas Artes da UFMG defende a atuação polifônica do ator. Ex-aluno de Eladio e Babaya, Ernani admite que, ao trabalhar com uma diversidade maior de timbres (desde cantores de MPB aos de heavy metal, passando pelos de música pop e estrangeira), a professora acabou criando um estilo de ensino que se vem difundindo Brasil afora, graças às oficinas com apostilas próprias que Babaya ministra. Além disto, a professora já lançou os CDs O prazer da voz saudável, com mais de 5 mil cópias vendidas, e Exercícios vocais extraclasse I (Intermediário) e II (Avançado).
Mestre de intérpretes consagrados como Elizeth Cardoso e Nara Leão, Eladio Pérez-González, paraguaio radicado no Brasil há 60 anos, se adiantou e publicou o livro Iniciação à técnica vocal, cuja edição do autor está à venda na FEA (R$ 30). “O cantor tem de cantar com a voz que tem, não com a voz que gostaria de ter”, ensina Eladio, cujo método de trabalho começa com exercícios respiratórios baseados na autopercepção do cantor. “A voz é um traço físico herdado como qualquer outro do ser humano”, defende o professor, que, além de extensão, trabalha a potência e resistência da voz com seus alunos. Para dar conta de demanda, ele preparou a assistente Valéria Costa Val, com quem se reveza nas aulas.
Estilo definido
Desejo, musicalidade, disponibilidade para o estudo, curiosidade, força de trabalho e estilo estético definido são alguns dos requisitos básicos para um cantor popular, na opinião da professora Babaya. Mineira de Cássia, no Sul de Minas, que aprendeu a cantar com a mãe violinista, ela desenvolveu método próprio de trabalho a partir do encontro com a foniatra Regina Lopes, com quem criou a sua primeira escola (Voz Ativa) na capital, depois do fechamento da Música de Minas, de Milton Nascimento e Wagner Tiso. Naquela escola, ela começou a dar aulas, depois de graduar-se na Fundação Clóvis Salgado do Palácio das Artes e Ordem dos Músicos do Brasil.
Há 15 anos instalada no Bairro Santo Antônio, a Babaya Escola de Canto recebe cerca de 300 alunos por ano. “Em busca de uma escola com crédito no mercado, há dois anos e meio faço o curso de técnica vocal que me tem proporcionado sustentação para dar seis aulas por dia e ainda fazer minha aula de canto, sem maiores problemas”, diz Liliane Alves, que, além de cantora, é professora. “O método é eficaz”, garante Liliane, elogiando os projetos Cantoria, Ensaio aberto, Trampolim, Canjas de sexta , Construindo um show e Mostra de cantores (infantil e adulto), criados pela escola para dar suporte profissional aos alunos.
Boas dicção e colocação de voz, extroversão, expressão, experiência profissional e suporte financeiro são indispensáveis à carreira de intérprete, de acordo com Neide Ziviani. Ex-cantora lírica que não dispensa a técnica no ensino do canto popular, a professora diz que além do contato físico, o envolvimento mental e espiritual com o aluno são indispensáveis ao aprendizado. “É preciso trazer o canto de dentro para fora”, justifica Neide. Para ela, a voz de um cantor é moldada como uma escultura. “O trabalho é o mesmo desenvolvido com um instrumento”, compara Neide Ziviani. “As aulas são importantes para a gente ter o domínio de técnicas como respiração, emissão, dicção e sustentação, que vão nos auxiliar na preservação do aparelho fonador”, afirma o jovem cantor Kadu Vianna.
Cultura literária
De acordo com Eladio Pérez-González (foto), qualquer pessoa pode cantar, desde que desenvolva suas possibilidades e respeite seus limites naturais. Ter cultura literária também é essencial, já que às vezes o cantor terá de interpretar autores extremamente requintados, como Chico Buarque e Caetano Veloso. E mais: González diz que os cantores precisam de ter humildade para entender que, por mais talento que tenham, cada qual não passa de uma ponte entre a obra musical e o público. No curso de iniciação à técnica vocal ministrado pelo professor, depois dos rudimentos técnicos, em geral apresentados em um semestre, o aluno passa a fazer repertório. O violonista Noca Torino é responsável pelo acompanhamento em sala de aula.
Adepta de exercícios preventivos, Babaya diz que desenvolveu metodologia própria a partir do interesse dela pela saúde da voz. Fui trabalhando o aprimoramento da voz no canto popular por meio de exercícios, sem me afastar dos conhecimentos da fonoaudiologia e otorrinolaringologia, explica, salientando que a convivência com o teatro acabou contribuindo para o aprofundamento de suas técnicas. Babaya trabalha os alunos, individual e coletivamente, com o auxílio dos professores Andréa Amendoeira, Camila Jorge, Kátia Couto, Márcia Maria, Marcos Rezende, Mariana Brant, Regina Milagres, Ricardo Trigueiro, Silvia Zappulla e Rose Kátia. Preparadora vocal e ensaiadora de grupos de teatro como Ponto de Partida, de Barbacena, e Galpão, Babaya, que também trabalha com Gabriel Villela, foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro, na categoria direção musical, pelo trabalho com o diretor, ao lado de Ernani Maletta e Fernando Muzzi.
ONDE ESTUDAR CANTO EM IPATINGA
Escola de Música Pereira Mello
Tel: (31) 3822-5410
“Muitos têm metodologia apropriada ou adaptada do canto lírico, mas em Babaya eu reconheço e admiro o fato de ela se ter dedicado ao desenvolvimento de um método próprio para o canto popular”, afirma o preparador vocal e professor Ernani Maletta, cujo trabalho no curso de teatro da Escola de Belas Artes da UFMG defende a atuação polifônica do ator. Ex-aluno de Eladio e Babaya, Ernani admite que, ao trabalhar com uma diversidade maior de timbres (desde cantores de MPB aos de heavy metal, passando pelos de música pop e estrangeira), a professora acabou criando um estilo de ensino que se vem difundindo Brasil afora, graças às oficinas com apostilas próprias que Babaya ministra. Além disto, a professora já lançou os CDs O prazer da voz saudável, com mais de 5 mil cópias vendidas, e Exercícios vocais extraclasse I (Intermediário) e II (Avançado).
Mestre de intérpretes consagrados como Elizeth Cardoso e Nara Leão, Eladio Pérez-González, paraguaio radicado no Brasil há 60 anos, se adiantou e publicou o livro Iniciação à técnica vocal, cuja edição do autor está à venda na FEA (R$ 30). “O cantor tem de cantar com a voz que tem, não com a voz que gostaria de ter”, ensina Eladio, cujo método de trabalho começa com exercícios respiratórios baseados na autopercepção do cantor. “A voz é um traço físico herdado como qualquer outro do ser humano”, defende o professor, que, além de extensão, trabalha a potência e resistência da voz com seus alunos. Para dar conta de demanda, ele preparou a assistente Valéria Costa Val, com quem se reveza nas aulas.
Estilo definido
Desejo, musicalidade, disponibilidade para o estudo, curiosidade, força de trabalho e estilo estético definido são alguns dos requisitos básicos para um cantor popular, na opinião da professora Babaya. Mineira de Cássia, no Sul de Minas, que aprendeu a cantar com a mãe violinista, ela desenvolveu método próprio de trabalho a partir do encontro com a foniatra Regina Lopes, com quem criou a sua primeira escola (Voz Ativa) na capital, depois do fechamento da Música de Minas, de Milton Nascimento e Wagner Tiso. Naquela escola, ela começou a dar aulas, depois de graduar-se na Fundação Clóvis Salgado do Palácio das Artes e Ordem dos Músicos do Brasil.
Há 15 anos instalada no Bairro Santo Antônio, a Babaya Escola de Canto recebe cerca de 300 alunos por ano. “Em busca de uma escola com crédito no mercado, há dois anos e meio faço o curso de técnica vocal que me tem proporcionado sustentação para dar seis aulas por dia e ainda fazer minha aula de canto, sem maiores problemas”, diz Liliane Alves, que, além de cantora, é professora. “O método é eficaz”, garante Liliane, elogiando os projetos Cantoria, Ensaio aberto, Trampolim, Canjas de sexta , Construindo um show e Mostra de cantores (infantil e adulto), criados pela escola para dar suporte profissional aos alunos.
Boas dicção e colocação de voz, extroversão, expressão, experiência profissional e suporte financeiro são indispensáveis à carreira de intérprete, de acordo com Neide Ziviani. Ex-cantora lírica que não dispensa a técnica no ensino do canto popular, a professora diz que além do contato físico, o envolvimento mental e espiritual com o aluno são indispensáveis ao aprendizado. “É preciso trazer o canto de dentro para fora”, justifica Neide. Para ela, a voz de um cantor é moldada como uma escultura. “O trabalho é o mesmo desenvolvido com um instrumento”, compara Neide Ziviani. “As aulas são importantes para a gente ter o domínio de técnicas como respiração, emissão, dicção e sustentação, que vão nos auxiliar na preservação do aparelho fonador”, afirma o jovem cantor Kadu Vianna.
Cultura literária
De acordo com Eladio Pérez-González (foto), qualquer pessoa pode cantar, desde que desenvolva suas possibilidades e respeite seus limites naturais. Ter cultura literária também é essencial, já que às vezes o cantor terá de interpretar autores extremamente requintados, como Chico Buarque e Caetano Veloso. E mais: González diz que os cantores precisam de ter humildade para entender que, por mais talento que tenham, cada qual não passa de uma ponte entre a obra musical e o público. No curso de iniciação à técnica vocal ministrado pelo professor, depois dos rudimentos técnicos, em geral apresentados em um semestre, o aluno passa a fazer repertório. O violonista Noca Torino é responsável pelo acompanhamento em sala de aula.
Adepta de exercícios preventivos, Babaya diz que desenvolveu metodologia própria a partir do interesse dela pela saúde da voz. Fui trabalhando o aprimoramento da voz no canto popular por meio de exercícios, sem me afastar dos conhecimentos da fonoaudiologia e otorrinolaringologia, explica, salientando que a convivência com o teatro acabou contribuindo para o aprofundamento de suas técnicas. Babaya trabalha os alunos, individual e coletivamente, com o auxílio dos professores Andréa Amendoeira, Camila Jorge, Kátia Couto, Márcia Maria, Marcos Rezende, Mariana Brant, Regina Milagres, Ricardo Trigueiro, Silvia Zappulla e Rose Kátia. Preparadora vocal e ensaiadora de grupos de teatro como Ponto de Partida, de Barbacena, e Galpão, Babaya, que também trabalha com Gabriel Villela, foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro, na categoria direção musical, pelo trabalho com o diretor, ao lado de Ernani Maletta e Fernando Muzzi.
ONDE ESTUDAR CANTO EM IPATINGA
Escola de Música Pereira Mello
Tel: (31) 3822-5410
Rua Caetes 375 Iguacu - - Ipatinga - MG
Escola de Educação Musical Mozart
Tel: (31) 3826-3298
Rua Aleijadinho 111 cid Nobre - - Ipatinga - MG
Escola Mun. de Música Ten. Oswaldo
Tel: (31) 3829-8398
Av Vinte e Oito de Abril 715 - an 2 Centro - - Ipatinga - MG
Coorporacao Musical Santa Cecilia
Tel: (31) 3821-6434
Av Jose Julio da Costa 2705 Ferroviarios - - Ipatinga - MG
Marta de Souza Jersey
Tel: (31) 3823-6391
Av Vinte e Oito de Abril 465 Centro - - Ipatinga - MG
Mauro Sergio Borges
Tel: (31) 3822-2575
Rua Milton Campos 466 cid Nobre - - Ipatinga - MG
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