Com diversas ações voltadas para a valorização dos grupos locais, têm início, hoje, na cidade de Joaíma, a 25ª edição do Festivale - Festival da Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha. Até o próximo dia 28, shows musicais, montagens teatrais, oficinas e debates vão movimentar a região. Entre as atrações confirmadas, figuram nomes como Marku Ribas, Pereira da Viola, Titane, Paulinho Pedra Azul e Tambolelê, que se apresentam no palco montado ao lado da rodoviária. Além dos shows, performances e esquetes teatrais acontecem durante toda a semana nas ruas e praças de Joaíma.
Neilton Lima, diretor de comunicação da Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Jequitinhonha (Fecaj), entidade responsável pela organização do Festivale, a proposta é levar entretenimento e informação à população da região e, principalmente, criar mecanismos para uma melhor atuação dos grupos culturais em atividade no Vale do Jequitinhonha.
"Este ano resolvemos trabalhar em cima dos grupos ligados à cultura popular da região. Queremos dar visibilidade ao que é produzido por aqui, então vamos fazer uma minuciosa catalogação e apurar as demandas desses grupos. A proposta da Fecaj é pensar políticas para otimizar o trabalho deles. São artistas que normalmente não contam com nenhum tipo de apoio, e o que a gente quer é que eles tenham condições de levar adiante suas produções", diz.
Questão indígena
Ele ressalta que uma outra questão em foco nesta 25ª edição do Festivale diz respeito às comunidades indígenas da região. Entre os vários debates previstos para acontecer ao longo da semana, um deles prevê a participação de representantes das etnias Krenak, Patachó e Pankararu. "Também teremos rituais indígenas em praça pública, com direito a danças indígenas e comidas típicas", diz Lima. Com relação às atrações que compõem a programação, ele aponta que foram convidados artistas que fizeram parte da história do Festivale nesses 25 anos.
"Chamamos nomes que já haviam participado em edições anteriores. Alguns deles, mesmo sendo aqui da região, estavam há muito tempo sem se apresentar nas cidades do Vale. Trata-se de reviver os 25 anos de história do festival", diz, acrescentando que a expectativa para o evento é muito grande e que Joaíma deve receber visitantes de todo Brasil e do exterior. Ele avalia que contribuição do Festivale à região no decorrer de sua história se reflete no peso que a cultura do Vale do Jequitinhonha tem hoje no Estado.
"Por todas as cidades onde esse evento passa, ele deixa uma marca, até no que diz respeito ao resgate das tradições. O Festivale reaviva a cultura nas comunidades. As folias de reis, por exemplo, passaram a ser muito mais valorizadas, e o que ocorre é mesmo um renascimento da cultura. As oficinas que são ministradas também deixam marcas muito importantes nos municípios, acendem uma centelha que, mesmo depois do Festivale acaba, faz a produção cultural florescer e seguir mais forte", ressalta.
Este ano serão oferecidas oficinas de teatro, dança afro, cerâmica, confecção de tambores, técnica vocal, percussão, origami, clown, artesanato em tabôa e cipó e até organização jurídica de entidades culturais, o que se insere na proposta de dotar grupos e entidades locais de instrumentação para caminhar com as próprias pernas.
FONTE: Daniel Barbosa para - O Tempo
Neilton Lima, diretor de comunicação da Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Jequitinhonha (Fecaj), entidade responsável pela organização do Festivale, a proposta é levar entretenimento e informação à população da região e, principalmente, criar mecanismos para uma melhor atuação dos grupos culturais em atividade no Vale do Jequitinhonha.
"Este ano resolvemos trabalhar em cima dos grupos ligados à cultura popular da região. Queremos dar visibilidade ao que é produzido por aqui, então vamos fazer uma minuciosa catalogação e apurar as demandas desses grupos. A proposta da Fecaj é pensar políticas para otimizar o trabalho deles. São artistas que normalmente não contam com nenhum tipo de apoio, e o que a gente quer é que eles tenham condições de levar adiante suas produções", diz.
Questão indígena
Ele ressalta que uma outra questão em foco nesta 25ª edição do Festivale diz respeito às comunidades indígenas da região. Entre os vários debates previstos para acontecer ao longo da semana, um deles prevê a participação de representantes das etnias Krenak, Patachó e Pankararu. "Também teremos rituais indígenas em praça pública, com direito a danças indígenas e comidas típicas", diz Lima. Com relação às atrações que compõem a programação, ele aponta que foram convidados artistas que fizeram parte da história do Festivale nesses 25 anos.
"Chamamos nomes que já haviam participado em edições anteriores. Alguns deles, mesmo sendo aqui da região, estavam há muito tempo sem se apresentar nas cidades do Vale. Trata-se de reviver os 25 anos de história do festival", diz, acrescentando que a expectativa para o evento é muito grande e que Joaíma deve receber visitantes de todo Brasil e do exterior. Ele avalia que contribuição do Festivale à região no decorrer de sua história se reflete no peso que a cultura do Vale do Jequitinhonha tem hoje no Estado.
"Por todas as cidades onde esse evento passa, ele deixa uma marca, até no que diz respeito ao resgate das tradições. O Festivale reaviva a cultura nas comunidades. As folias de reis, por exemplo, passaram a ser muito mais valorizadas, e o que ocorre é mesmo um renascimento da cultura. As oficinas que são ministradas também deixam marcas muito importantes nos municípios, acendem uma centelha que, mesmo depois do Festivale acaba, faz a produção cultural florescer e seguir mais forte", ressalta.
Este ano serão oferecidas oficinas de teatro, dança afro, cerâmica, confecção de tambores, técnica vocal, percussão, origami, clown, artesanato em tabôa e cipó e até organização jurídica de entidades culturais, o que se insere na proposta de dotar grupos e entidades locais de instrumentação para caminhar com as próprias pernas.
FONTE: Daniel Barbosa para - O Tempo
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