quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Painel Funarte de Regência Coral

Programa proporcionará trocas de experiências entre os corais do país


O conjunto de vozes sem o acompanhamento de instrumentos musicais terá mais um mecanismo de aprimoramento com a retomada do Painel Funarte de Regência Coral – programa de apoio ao canto coral brasileiro. As primeiras cidades a receberem a iniciativa, no período de 5 a 8 de setembro, serão Belém e Cuiabá (MT).

O objetivo é estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas na área do canto coral, além de promover a integração e a troca de experiências entre regentes. As atividades conjuntas serão ministradas por professores especializados em regência coral, de várias regiões do Brasil, que abordarão técnica de regência, dinâmica de coro e técnica vocal.

Sob a direção da Coordenação de Música Clássica do Centro de Música da Funarte e supervisão técnico-pedagógica de Eduardo Lakschevitz - filho de Elza Lakschevitz, uma das fundadoras do programa -, serão realizados seis painéis até o fim do ano: em Cuiabá, Belém, João Pessoa, Crato (CE), Palmas e Curitiba.

Para o supervisor do curso, a Funarte foi a maior fomentadora da Regência Coral no país durante a década de 80, mas depois entrou em crise. E agora, depois de mais de 20 anos, está reeditando esses painéis. "Vamos fazer um trabalho que vai do líder de coral ao regente, criando outras possibilidades para essa arte acontecer, com trocas de idéias e de intercâmbios. Ando por várias regiões do Brasil e vejo que a diversidade cultural nesse segmento é muito ampla", afirma Eduardo.

Este programa é uma realização da Funarte, com patrocínio da Petrobras e parceria de instituições culturais estaduais, municipais e privadas.

Veja a programação dos painéis.


Interatividade - A Funarte pretende disponibilizar gratuitamente, por intermédio do Canal Virtual, as partituras das coleções de repertório coral já editadas pela instituição, acompanhadas de um guia interpretativo.


Painel Funarte de Regência Coral
Criado no início da década de 80, teve sua origem no Projeto Villa-Lobos, e se desenvolveu até 1994. Um período que se caracterizou pelo intenso apoio dado ao canto coral brasileiro que permitiu aos coros e seus regentes refinar os repertórios e trocar experiências, por meio de laboratórios, reciclagens e cursos de regência.


Canto Coral no Brasil
O canto coral surgiu ainda no período colonial, sob influência da corte européia. Na época, os cânticos para as missas nas igrejas já eram inspirados em músicas elaboradas para grupos vocais das congregações existentes. A partir de então, todo o desenvolvimento artístico foi acontecendo de acordo com os movimentos na Europa. O primeiro estilo musical no Brasil foi denominado barroco tardio, pois o movimento barroco já havia praticamente terminado no continente europeu. O canto coral ganhou destaque nacional através do maestro Villa-Lobos e seus concertos ao ar livre com grandes corais escolares.

O maestro foi o responsável pela inclusão do canto orfeônico no currículo escolar. As aulas de canto duraram até a década de 70, quando reformas educacionais criaram a disciplina educação artística, ampliando o ensino para outras artes. Atualmente são encontrados diversos grupos de canto coral participando de encontros, festivais e solenidades.


FONTE: Ministério da Cultura

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